Calendário Econômico: China em foco com balanços e inflação no Brasil e nos EUA
Investing.com - Investidores globais rotacionaram de posições em dinheiro para ativos de risco na semana passada, segundo o Bank of America.
Fundos de ações absorveram US$ 28,1 bilhões, marcando uma das alocações semanais mais fortes do ano, enquanto fundos do mercado monetário registraram US$ 24,6 bilhões em resgates, o maior volume desde julho.
Títulos atraíram US$ 5,8 bilhões, ouro US$ 4,5 bilhões e criptomoedas US$ 600 milhões, informou o banco em seu relatório semanal "The Flow Show".
Os fluxos para metais preciosos têm sido particularmente notáveis. Fundos de ouro já receberam US$ 34,2 bilhões nas últimas 10 semanas — a maior sequência já registrada — com o BofA observando que o ouro continua sendo uma negociação "mais concorrida", mas ainda subposicionada por grandes contas de clientes privados, que mantêm apenas 0,5% nesse ativo.
O setor de tecnologia atraiu um recorde de US$ 10,4 bilhões em fluxos semanais, enquanto fundos de energia viram US$ 700 milhões, o maior volume desde junho.
Fundos de ações da China captaram US$ 13,4 bilhões, o maior valor desde abril, ajudando a elevar os fluxos de ações de mercados emergentes para US$ 13,5 bilhões.
As ações americanas marcaram uma quinta semana consecutiva de entradas com US$ 12,4 bilhões, enquanto a Europa registrou mais US$ 1 bilhão em saídas.
Estrategistas liderados por Michael Hartnett reiteraram sua preferência por ações internacionais em relação aos mercados americanos. "Nossa convicção na rotação do excepcionalismo dos EUA no primeiro semestre de 2020 para o reequilíbrio global no segundo semestre de 2020 é forte", escreveu a equipe.
Eles argumentam que a queda nos preços do petróleo é um vento favorável para China, Japão e Europa, apontando para a melhoria dos PMIs e um crescimento projetado de 9% no LPA globalmente no próximo ano, acima do consenso atual.
Embora reconheça que o otimismo com mercados emergentes (EM) agora está lotado, Hartnett ainda vê a rotação se mantendo à medida que os rendimentos dos títulos diminuem e o capital se desloca para fora das negociações centradas nos EUA.
Sobre o ouro, Hartnett manteve uma posição longa, apontando para o que ele vê como um caminho de preço estruturalmente mais alto impulsionado pela acumulação dos bancos centrais, potencial de distensão geopolítica e fluxos especulativos rotacionando das criptomoedas.
"É necessário algo maior (bancos centrais reavaliando o ouro, distensão EUA-China, distensão Rússia-Ucrânia, bolha de IA causando pico nas taxas reais) para encerrar a tendência de alta do ouro", afirma a nota.
Entre outros fluxos da semana passada, fundos de títulos de grau de investimento viram uma 25ª semana consecutiva de entradas com US$ 8,3 bilhões.
Títulos de alto rendimento tiveram sua primeira saída em 26 semanas com US$ 3,2 bilhões, enquanto a dívida de mercados emergentes também registrou sua primeira saída semanal em 27 semanas com US$ 1,7 bilhão.
Fundos do Tesouro americano registraram uma segunda semana de entradas com US$ 700 milhões, e títulos municipais atraíram US$ 1,5 bilhão. Fundos de empréstimos bancários voltaram a registrar saídas com US$ 1 bilhão.
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