BR Properties (BRPR3) pretende reduzir seu capital em R$ 1,125 bi

Publicado 07.07.2022, 15:18
Atualizado 08.07.2022, 08:07
BR Properties (BRPR3) pretende reduzir seu capital em R$ 1,125 bi

A controladora da TIM (BVMF:TIMS3), a BR Properties (BVMF:BRPR3), pretende realizar uma redução de capital, devolvendo mais de 25% do valor de suas ações.

A medida foi sugerida pela companhia considerar seu capital “excessivo”, restituindo seus acionistas em cerca de R$ 1,125 bilhão e deve ser decidida em Assembleia Geral Extraordinária (AGE)

Em paralelo, a decisão está em curso de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já possuindo a aprovação da Superintendência Geral.

Redução de capital da BR Properties

A empresa divulgou seus planos em Fato Relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (06). Nela, a BR Properties detalha que seu Conselho de Administração aprovou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para deliberar a decisão.

De acordo com o documento, a restituição de R$ 1,125 bilhão foi determinada pela companhia por considerar seu capital “excessivo”. Considerando um total de 464.243.333 ações, a BR Properties vai repassar uma quantia de aproximadamente R$ 2,42 por ativo.

A empresa destaca, ainda, que o valor poderá ser ajustado até a data em que a redução de capital se tornar eficaz. Esse reajuste vai, ainda, se basear na quantidade de ações em circulação em tal época.

“A Companhia entende que uma redução de seu capital social no valor de R$1.125 bilhão otimizará a utilização de seu caixa, gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos, sua estrutura de capital, e a geração de valor ao seu acionista”, afirma a empresa.

Essa operação vai acontecer sem o cancelamento de ações de emissão da BR Properties e em decorrência da venda de cerca de 80% de seus papéis com fundos imobiliários da Brookfield. A negociação vai render à empresa um total de R$ 5,922 bilhões e envolve 12 edifícios.

O pagamento de 70% do montante será realizado na data do fechamento da aquisição de cada imóvel, representando a quantia de R$ 4.145 bilhões. A fatia restante, 30% do valor (R$ 1.776 bilhões), será paga em 12 meses após a data de fechamento.

A quantia será, ainda, corrigida pelo IPCA entre o fechamento da negociação e o dia 31 de dezembro deste ano. A partir do dia 1 de janeiro de 2023, o CDI também terá impacto sobre o montante.

No período de seis meses, suas ações apresentaram valorização de 36,28%. No entanto, em um ano, seus papéis se desvalorizaram em 1,79%.

Além de estar sujeita à aprovação em Assembleia Geral Extraordinária, a redução de capital da BR Properties também precisa do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Se aprovada, a medida se tornará eficaz em 60 dias após a publicação da ata da Assembleia Geral Extraordinária convocada, que informará aos acionistas os procedimentos a serem adotados, a quantia exata a ser restituída por ação e as datas de pagamento e início de negociação dos papéis “exrestituição”.

Motivo da devolução

De acordo com a BR Properties, a decisão de restituir seus acionistas ao invés de investir a quantia reflete a situação econômica. Citando o atual cenário econômico, a companhia destaca que desde a assinatura dos contratos de compra e venda, o panorama nacional e estrangeiro continuam se deteriorando.

Dessa maneira, não enxergando investimentos no curto prazo que possam gerar retornos relevantes, “a companhia entende que uma vez concluídas as operações, o capital social da companhia se tornará excessivo, sendo necessário readequar a sua estrutura de capital, de modo que o caixa em excesso possa ser melhor rentabilizado por cada um de seus acionistas”, disse a BR Properties.

Por Estoa

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