Investing.com – Passo a passo no caminho da recuperação. Analistas mencionam a retomada dos resultados do Bradesco (BVMF:BBDC4), pressionados nos últimos trimestres, mas sem muito otimismo, indicando que a instituição financeira ainda possui muitos desafios a serem enfrentados, incluindo uma rentabilidade considerada baixa. Os indicadores não foram o suficiente para animar os investidores, e as ações preferenciais do banco recuavam 1% às 10h55 (de Brasília), a R$13,86.
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Dados do Bradesco
A instituição financeira apresentou um lucro líquido recorrente de R$4,21 bilhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 1,6% frente ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o resultado superou as projeções de analistas para o lucro, que eram de R$3,92 bilhões, de acordo com dados compilados pelo LSEG.
A rentabilidade medida pelo ROAE atingiu 10,2%, “impulsionado por menores despesas com PDD, controle de despesas operacionais e resultado das operações de seguros, mas ainda pressionado pela margem financeira com clientes”, de acordo com release de resultados do Bradesco. Já a carteira de crédito teria chegado a um ponto de inflexão neste trimestre, no entendimento do banco. “Depois de contrair em 2023, iniciou trajetória de aumento que deve perdurar”, espera o Bradesco.
Visão dos analistas
A Genial Investimentos apontou que o lucro veio 9% acima de suas projeções e mencionou a melhora na rentabilidade, mas considerou o ROE ainda aquém do histórico do banco e de alguns bancos incumbentes. O resultado teria sido impulsionado por melhora nas provisões, com redução nas despesas relacionadas a este tipo de pagamento, mas apresentou compressão de receitas e margem financeira com contração e desempenho fraco.
O BB Investimentos avaliou os dados como mistos e afirmou que o resultado marca “uma espécie de primeiro capítulo da reestruturação estratégica anunciada por ocasião da divulgação dos números do 4T23, e projetada para acontecer ao longo dos próximos anos”.
O analista Rafael Reis menciona poucos indícios de melhoras mais contundentes, como recuo do custo do crédito e na inadimplência acima de 90 dias. Olhando para frente, o futuro do Bradesco depende da retomada do crescimento carteira e margem, mantendo os custos e inadimplência sob controle, segundo o especialista.
No entanto, Reis ainda elenca como principais detratores do resultado fraco a margem financeira e a carteira de crédito. “Normalmente os bancos costumam compensar uma carteira de mix mais conservador na volumetria, mas não é o que acontece no caso do Bradesco, já que a carteira de crédito classificada de fato encolhe no comparativo anual (-0,9%), enquanto no conceito expandido avança apenas 1,2% no período, ambos significativamente aquém do mercado de crédito como um todo”, completa.
O BB Investimentos entende que o fim do momento desafiador da instituição financeira ainda está distante, o que motiva a indicação neutra e preço-alvo de R$16.
Já o BTG (BVMF:BPAC11), que também citou o andamento do plano de reestruturação, afirmou que os indicadores, de forma geral, vieram em linha com o que a administração tinha indicado em interações recentes, o que considera como boa notícia, assim como uma sessão mais calma no pregão de hoje. O lucro líquido foi superior ao esperado pelo banco em 4%.
“As más notícias continuaram a chegar do NII e das taxas do cliente, uma vez que o processo de redução de risco iniciado no 2S22 ainda está tomando o seu pedágio". Conforme sinalizado pelo CEO Marcelo Noronha, a recuperação da receita e, consequentemente, no resultado final, deve ser um processo passo a passo”, ressaltam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura
Ainda que considere que atender às expectativas é uma boa notícia, o BTG segue com recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$16. “Nós continuamos a acreditar que o caminho para a recuperação da rentabilidade será longo e o valuation é não é atraente o suficiente para justificar mais do que um neutro. Mas como sempre, estamos abertos a revisitar nossa posição quando chegar a hora certa”, pondera o BTG.
Bradesco no InvestingPro
O Bradesco paga bons dividendos aos acionistas e é um player proeminente no setor bancário, mas sofre com margens fracas de lucro bruto, de acordo com as Protips do InvestingPro, insights de inteligência artificial (IA) baseados em indicadores fundamentalistas.
A saúde financeira é considerada com desempenho justo, com nota dois, de métrica que vai de um a cinco.
O preço-justo é avaliado em R$17,39, de acordo com quatro modelos de investimentos do InvestingPro. O alvo de 12 analistas é levemente mais pessimista, com preço-alvo de R$16,35.
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