📢 Estratégia de IA ProPicks e veja o rali das Techs desacelerar. Subiu em julho 2x acima do S&P!Lista Completa

Cautela externa e proposta para combustíveis instigam queda da Bolsa

Publicado 07.06.2022, 08:19
Atualizado 07.06.2022, 11:40
© Reuters.  Cautela externa e proposta para combustíveis instigam queda da Bolsa
LCO
-
CL
-
IBOV
-
ELET3
-
PETR4
-
DCIOU4
-

Em meio à aversão a risco externa, investidores locais avaliam a proposta do governo para conter a escalada dos preços dos combustíveis, que é vista com certa desconfiança. Isso porque não se sabe direito de onde sairão os recursos para bancar o plano e compensar a arrecadação de Estados e municípios, o que acaba por elevar preocupações fiscais, apesar da expectativa de alívio inflacionário no Brasil.

"Executivo e legislativo apresentaram proposta razoavelmente vazia retirada de ICMS de combustíveis, sem definir como irão ressarcir os governos estaduais de perdas de arrecadação", observa o economista Álvaro Bandeira.

A proposta do governo federal é cortar impostos (PIS/Confins e Cide) sobre a gasolina em troca da aprovação do PLP 18, que coloca teto de 17% sobre o ICMS dos combustíveis.

"Paulo Guedes ministro da Economia disse que os recursos sairiam de verba extraordinária e a única venda é a da Eletrobras (SA:ELET3), que ainda nem aconteceu. Isso é complicado, o mercado não vê com bons olhos", avalia em comentário matinal a clientes e à imprensa o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Depois de cair, o Ibovespa passou a testar alta, retomando o nível dos 110 mil pontos da abertura. A tentativa é atribuída principalmente à alta das ações ligadas a commodities, com destaque para Petrobras (SA:PETR4), diante do entendimento de que a proposta do governo para conter o encarecimento dos combustíveis tira pressão sobre a política de preços da empresa. Porém, o movimento do índice Bovespa é claudicante, em meio ao recuo externo e temores locais.

"O risco fiscal está pegando. Com as eleições se aproximando, não só há preocupações com o fiscal de curto prazo, mas também como ficarão as contas públicas no próximo governo", avalia Rodrigo Knudsen, gestor da Vítreo, ao referir-se à prévia do programa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato a presidente da República, que formaliza, por exemplo, a revogação do teto de gastos.

Às 10h58, o Ibovespa cedia 0,15%, aos 110.021,60 pontos, ante mínima diária a 109.393,54 pontos (-0,72%) e máxima a 110.435,02 pontos (alta de 0,23%). Petrobras subia 2,44% (PN) e 1,78% (ON).

Há queda das bolsas europeias e norte-americanas. "O mundo segue de olho na questão inflacionária, na escalada de juros para conter a alta dos preços. Esse remédio que é bem custoso e não sabemos no que resultará", avalia Rafael Germano, especialista em renda variável da Blue3, destacando a decisão do Banco Central da Austrália de elevar a taxa básica de juros de 0,35% para 0,85% ao ano. "E a T-note de 10 anos voltou a render mais de 3% ao ano, indicando juro elevado, o que suga a liquidez. Agora, fica a expectativa pelo BCE", completa Germano.

Apesar de o petróleo operar com instabilidade, a cotação do tipo Brent está na faixa dos US$ 120 por barril e o minério fechou em alta no porto chinês de Quingdao. No entanto, caiu em Dalian. De todo modo, os níveis das commodities ainda seguem elevados, o que atenua expectativa de queda do Ibovespa, mas eleva percepção de mais inflação.

Ontem, o índice Bovespa fechou ontem em baixa de 0,82%, aos 110.185,91 pontos. Bandeira considera perigosa a volta do Ibovespa para esta faixa, destacando que se piorar, tende a ir para a zona de suporte importante dos 109 mil pontos e, em caso de perda deste nível, precipitar mais o mercado.

Em meio ao quadro alto de inflação e atividade fraca no mundo, crescem as expectativas para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nesta quinta-feira, do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.

Hoje as encomendas da indústria da Alemanha surpreenderam negativamente, aos mostrarem queda em vez de alta, aumentando as pressões sobre o BCE, o único dentre as grandes instituições que não começaram a subir juros.

"O viés de preocupação com o nível de atividade advindo da Europa traz a bolsa para o terreno negativo na abertura. A aversão a risco contamina o mercado de cambial e os juros sofrem pressões de alta à medida que o mercado digere o documento divulgado ontem pelo PT e a medida que nos aproximamos no IPCA sai na quinta", avalia nota da CM Capital.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.