NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

CENÁRIOS-Modelo da venda do Citi na A.Latina pode apontar interessados em ativos no Brasil

Publicado 19.02.2016, 20:19
© Reuters. Agência do Citibank na Avenida Paulista, em São Paulo
BBAS3
-
SANB11
-
ITUB
-
BBD
-

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A forma escolhida pelo norte-americano Citi para a venda de suas operações de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia deve determinar os interessados mais prováveis nos ativos brasileiros do grupo, disseram especialistas à Reuters.

Por motivos diferentes, uma eventual opção por venda conjunta nos três países, incluindo o negócio de cartões, tenderia a tirar o apetite de Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Bradesco (SA:BBDC4) e dos estatais Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa Econômica Federal. O primeiro tem mais interesse em expansão no exterior, e já citou nominalmente a Argentina. Os demais, ao contrário, têm manifestado que não querem expansão no exterior agora.

Uma venda fatiada por país colocaria todos na briga. Em qualquer caso, o Santander Brasil (SA:SANB11), que no ano passado saiu derrotado na disputa pelos ativos do HSBC no país, que acabaram comprados pelo Bradesco por 5,2 bilhões de dólares, é um candidato natural, disse o presidente de um banco local de médio porte, que pediu para não ser identificado.

Procurados, Santander Brasil e Citi não comentaram o assunto.

O Citi opera no Brasil há mais de 100 anos. O banco tem 71 agências, 400 mil contas, 1 milhão de cartões emitidos e cerca de 5,5 mil funcionários. Em comparação, o Santander Brasil tem 2.662 agências e 50 mil funcionarios no país.

Segundo o consultor e ex-economista chefe da Febraban, Roberto Troster, todos os cinco maiores bancos do Brasil teriam condições de absorver as operações de varejo do Citi no país sem grande impacto nos índices de capital, dado que os ativos totais do grupo representavam pouco mais de 60 bilhões de reais no fim de 2014, o equivalente a cerca de um terço do tamanho do HSBC Brasil no período.

Por isso mesmo, disse Troster, a venda não deveria enfrentar grandes obstáculos regulatórios por parte do Banco Central.

"O BC pode argumentar interesse em ter instituições mais rentáveis e fortes, mesmo que isso signifique concentração", concordou o analista da Votorantim Corretora, Flavio Yoshida.

Para o diretor de instituições financeiras da Fitch, Eduardo Ribas, a autoridade monetária pode entender que é melhor para a saúde do sistema financeiro que o Citi no Brasil seja absorvido por outra entidade de maior porte.

"Ninguém vai mudar de patamar no Brasil comprando o Citi", disse Ribas.

© Reuters. Agência do Citibank na Avenida Paulista, em São Paulo

O foco mundial do grupo em operações que ofereçam melhor rentabilidade foi o argumento usado pelo presidente-executivo do Citi, Michael Corbat, para justificar a decisão do grupo de sair do varejo na América Latina. [nL2N15Y0NX]

Segundo uma executiva do setor bancário, que pediu para não ser identificada, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a transação tenderia a encontrar menos problemas para aprovação da venda caso o comprador fosse o Santander Brasil, maior estrangeiro, mas apenas o quinto maior banco de varejo no país.

BB e Caixa foram autorizados nesta semana pela Câmara dos Deputados a comprar participação em empresas, mas segundo analistas, por terem menor folga de capital, ambos tenderiam a ficar de fora da disputa.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.