SÃO PAULO (Reuters) - O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que o acordo entre Embraer (SA:EMBR3) e Boeing é "clandestino e absolutamente ameaçador da segurança nacional brasileira" e alertou que, se for concluído neste ano, será desfeito caso ele seja eleito presidente.
Ciro declarou durante evento da Abimaq, entidade que representa o setor de máquinas e equipamentos, que enviou uma carta "respeitosa" às companhias sugerindo a dissolução do acordo. O teor da carta será tornado público nos próximos dias.
As companhias anunciaram neste mês um acordo preliminar por meio do qual a Boeing assumirá o controle da divisão de aviação comercial da Embraer através da criação de uma joint venture de 4,75 bilhões de dólares.
Ciro afirmou que não vê nenhuma outra possibilidade "saudável" de acordo entre as empresas e classificou a proposta da Boeing como hostil.
Ele também o cargueiro brasileiro KC-390, que deve ter sua primeira entrega por volta do fim do ano.
"A Embraer desenvolveu uma joia tecnológica que é um supercargueiro chamado KC390. Esse avião está na fase final de homologação dos testes, já tem uma fila de encomendas que sinaliza um mercado de 20 bilhões de dólares", afirmou.
(Reportagem de Laís Martins)