RIO DE JANEIRO (Reuters) - A área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, demandará investimentos de 80 bilhões de dólares para ser desenvolvida, disse nesta terça-feira o vice-presidente sênior de Exploração e Produção nas Américas da francesa Total, Ladislas Paszkiewicz.
A Total é participante do consórcio que venceu o leilão de Libra, que inclui também a Petrobras, a Shell e as chinesas CNPC e Cnooc.
"(Libra) vai nos dar retorno dos nossos investimentos por muitas décadas", afirmou Paszkiewicz durante apresentação em evento do setor de petróleo, a Rio Oil & Gas.
O executivo evitou falar com a imprensa após a apresentação para dar mais detalhes sobre o cálculo do investimento.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que Libra contenha de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, sendo uma das maiores reservas do Brasil.
O consórcio responsável pelo ativo ainda não divulgou uma estimativa própria.
A Total tem 20 por cento no consórcio de Libra, operada pela Petrobras, com 40 por cento de participação.
A Shell também detém 20 por cento da área, enquanto as chinesas China National Petroleum Corp (CNPC) e CNOOC têm 10 por cento cada.
O segundo poço de exploração de Libra começa a ser perfurado este mês, disse o presidente da Total no Brasil, Denis Besset, na véspera. [nL1N0RG1ZG]
DESCOBERTAS
Durante sua palestra, Paszkiewicz destacou que a Total tem investimentos recentes feitos no país e que acredita no potencial do setor de petróleo brasileiro.
O executivo destacou ainda que, nos últimos cinco anos, cerca de 40 por cento das descobertas realizadas no mundo foram feitas no Brasil.
"É uma situação raríssima", frisou o executivo.
Segundo Paszkiewicz, a empresa acredita que os investimentos realizados trarão resultados importantes.
"Há muito potencial (no Brasil) e, com certeza, muito petróleo para ser descoberto", disse Paszkiewicz.
(Por Marta Nogueira)