SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) avalia reduzir barreiras regulatórias atuais que definem limites para participação de corretoras em infraestruturas de mercado, o que poderia lhes dar maior capacidade de competir com a B3 (BVMF:B3SA3), disse nesta quarta-feira o presidente da autarquia, João Pedro Nascimento.
Pela regulação atual, uma corretora pode ter no máximo 10% de uma infraestrutura de mercado como a da operadora da bolsa brasileira.
"É uma barreira de entrada indesejada", disse Nascimento, durante painel do Credit Suisse (SIX:CSGN) Latin America Investment Conference.
O chefe do regulador do mercado de capitais brasileiro informou que a CVM abriu uma audiência restrita para tratar do assunto. "Vamos tentar entender se esse número (10%) se justifica. Até o final do ano esperamos responder essa pergunta."
A CVM já havia feito antes uma audiência pública sobre o tema. Agora, a audiência está restrita aos agentes do mercado que mostraram interesse pelo assunto.
OPEN MARKET
Nascimento também anunciou no evento que a CVM deve lançar nos próximos meses uma versão do 'open banking' para o mercado de capitais, o que chamou de 'open financial market'. O objetivo é permitir que os investidores tenham como fazer a portabilidade de seus ativos, como fundos, entre instituições.
Ele acrescentou que a CVM deve divulgar ainda neste mês uma regulação para a atividade de assessor de investimentos.
(Por Aluísio Alves)