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De olho no voto agrícola, Trump age para atender pedidos da indústria do etanol

Publicado 24.09.2020, 16:16
© Reuters. Usina de etanol de milho em Windsor, Colorado (EUA)
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Por Stephanie Kelly e Jarrett Renshaw

NOVA YORK (Reuters) - Em uma tentativa de assegurar o apoio do cinturão agrícola dos Estados Unidos em sua acirrada disputa pela reeleição, o presidente Donald Trump está tomando medidas para ajudar os produtores de etanol de milho do país, tendo como base uma lista de objetivos políticos apresentados por senadores do Meio-Oeste há um ano, segundo duas fontes familiarizadas com o tema.

Em 12 de setembro de 2019, Trump se reuniu com os senadores, que estavam frustrados com a condução da política de biocombustíveis norte-americana pelo governo. Eles argumentaram que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) vinha ajudando a indústria petrolífera às custas de agricultores que dependem das vendas de etanol, e apresentaram uma lista de medidas que poderiam resolver o problema, de acordo com cinco pessoas com conhecimento do assunto.

Após essa reunião, Trump anunciou que havia feito progresso em um pacote de reformas para o setor de biocombustíveis, mas não apresentou detalhes. "Eu acho que tivemos uma ótima reunião para os agricultores em relação ao etanol", disse Trump a repórteres na Casa Branca. "Vamos ver o que acontece."

Um ano depois, Trump e seu governo começaram a atender aos desejos apresentados pela indústria, utilizando a reunião como um marco para cortejar seu crucial eleitorado do cinturão agrícola, no que tende a ser uma disputa acirrada com o rival democrata Joe Biden, segundo as fontes.

A reunião de 2019, que incluiu os senadores Chuck Grassley e Joni Ernst, do Estado de Iowa, e John Thune e Mike Rounds, da Dakota do Sul, resultou em uma lista de 11 itens, de acordo com uma das fontes e um memorando do encontro visto pela Reuters.

Segundo o memorando, cujos detalhes ainda não haviam sido noticiados, a lista incluía a redução de um programa da EPA que isenta refinarias da mistura obrigatória de etanol à gasolina; a definição de um volume obrigatório maior de biocombustíveis nas misturas em 2020; a expansão do mercado para a gasolina E15, com maior teor de etanol; a exploração de um programa nacional de infraestrutura para biocombustíveis; e a abordagem a questões comerciais, especialmente em relação ao Brasil.

Nas últimas semanas, Trump agiu para atender alguns dos objetivos, utilizando-os como um plano de batalha para sua estratégia eleitoral no Meio-Oeste, disseram duas fontes.

Primeiro, a EPA negou neste mês isenções retroativas a pequenas refinarias de petróleo, que permitiriam que mais de uma dúzia de instalações continuassem solicitando anualmente isenções das misturas obrigatórias de biocombustíveis.

© Reuters. Usina de etanol de milho em Windsor, Colorado (EUA)

Trump também pediu ao Brasil que mantivesse uma política de isenção de tarifas ao etanol importado, solicitando que o governo do presidente Jair Bolsonaro eliminasse todas as taxas. Desde então, o Brasil anunciou a extensão de uma cota de importação de etanol sem tarifa por três meses, até depois da eleição norte-americana.

E em 12 de setembro, exatamente um ano após a reunião com os senadores, Trump publicou no Twitter que permitiria que os Estados passassem a liberar a utilização das bombas de combustíveis atuais para a comercialização da gasolina E15, eliminando a necessidade da instalação de novos equipamentos, em medida que pode ajudar a impulsionar rapidamente as vendas de etanol.

A Casa Branca e a EPA, reguladora das política sobre o uso obrigatório de etanol, não quiseram comentar a reportagem.

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