Por Victoria Waldersee
BERLIM, (Reuters) - O presidente-executivo da Volkswagen (DE:VOWG),, Herbert Diess, disse nesta quarta-feira que estava confiante de que permaneceria no cargo até o ano que vem, descartando as especulações de que ele poderia ser colocado de lado.
Diess, que enfrenta divergências com o conselho dos trabalhadores da Volkswagen sobre possíveis cortes, foi questionado em uma cúpula online organizada pelo jornal alemão Handelsblatt se ele acreditava que manteria seu posto, ao qual respondeu: "Sim, certamente".
O relacionamento do executivo com o poderoso conselho trabalhista tem sido tenso sobre o quão radical é uma revisão que a principal montadora da Europa precisa para alcançar o domínio dos veículos elétricos.
Ele reiterou sua confiança na estratégia e no plano de negócios da Volkswagen, afirmando que a montadora era "igualmente competitiva no novo mundo como no antigo".
Diess também rejeitou a promessa de fabricantes de automóveis, incluindo Daimler (DE:DAIGn) e General Motors (NYSE:GM) na COP26, de trabalhar para eliminar os carros com motor de combustão interna até 2040.
"Ainda pode fazer sentido usar carros com combustível sintético na América Latina em 2035", afirmou.
Diess disse ao Handelsblatt que tal eliminação "não era possível". "Precisamos de matérias-primas, novas minas, uma economia circular. A capacidade das baterias e a construção de redes de energia renováveis em toda a Europa serão o gargalo", acrescentou.
A Volkswagen se comprometeu até agora a produzir veículos exclusivamente elétricos na Europa a partir de 2035, e a ter uma frota neutra de CO2 em todo o mundo até 2050.