SÃO PAULO (Reuters) - A Ecorodovias (SA:ECOR3) teve lucro líquido de 81,6 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, alta de 1,9 por cento sobre o mesmo período do ano passado, em um desempenho impactado pela paralisação das estradas entre o final de maio e início de junho causada pela greve dos caminhoneiros.
A companhia de concessões de infraestrutura reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) pró-forma de 401,3 milhões de reais entre abril e junho, redução de 2,6 por cento na comparação anual.
O desempenho veio com uma queda de 5,1 por cento no volume de tráfego de veículos pagantes pelos pedágios da companhia ante o segundo trimestre do ano passado. A queda ocorreu em meio aos efeitos da greve dos caminhoneiros e de medidas tomadas pelo governo para encerrar a paralisação, que incluíram a liberação de cobrança de pedágio para eixos suspensos de caminhões.
Segundo a companhia, o tráfego consolidado de abril teve aumento de 5 por cento, mas em maio caiu 17,4 por cento e em junho recuou de 2,6 por cento.
Desconsiderando os efeitos da greve, o tráfego pelas rodovias administradas pela Ecorodovias teria subido 2,8 por cento no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, "a isenção da cobrança de pedágio para eixos suspensos será objeto de reequilíbrio contratual". As concessões que liberaram a cobrança do terceiro eixo foram Ecovia Caminho do Mar, Ecocataratas, Ecovias dos Imigrantes e Ecopistas.
A Ecorodovias encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de 4,6 bilhões de reais, alta de 9,8 por cento sobre um ano antes. A relação dívida líquida sobre Ebitda pro-forma caiu de 2,64 vezes para 2,58 vezes.
(Por Alberto Alerigi Jr.)