Eletrobras elege novo conselho, com Juca Abdalla, Marcio Ferreira e nomes da União

Publicado 29.04.2025, 18:08
Atualizado 29.04.2025, 18:11
© Reuters. Logo da Eletrobrasn9/04/2019nREUTERS/Brendan McDermid

Por Leticia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - Acionistas da Eletrobras (BVMF:ELET3) aprovaram nesta terça-feira a primeira grande reformulação do conselho de administração da companhia elétrica desde a privatização, ampliando o colegiado para dez membros, incluindo três representantes do governo federal.

Em votação de acionistas ordinaristas, foram reconduzidos ao conselho quatro membros atuais -- Vicente Falconi, Ana Silvia Corso Matte, Felipe Villela e Marisete Pereira -- e eleitos dois novos integrantes, Carlos Marcio Ferreira e José João Abdalla Filho.

Indicado pelas gestoras SPX, Opportunity HDF, Oceana Investimentos e Navi Capital, Ferreira havia sido incluído pela administração da Eletrobras na lista recomendada de nomes para o conselho. No passado, ocupou cargos de direção em grandes elétricas, como CPFL (BVMF:CPFE3) e Energisa (BVMF:ENGI11), além de ter passagens pelos colegiados de Eneva (BVMF:ENEV3) e Light (BVMF:LIGT3).

Já José João Abdalla Filho, conhecido como "Juca" Abdalla, concorreu por fora da lista recomendada pela elétrica. Dono do Banco Clássico e importante acionista individual da Eletrobras, Abdalla também é conselheiro da Petrobras (BVMF:PETR4). Ele conseguiu aval dos acionistas da Eletrobras para ser considerado elegível mesmo permanecendo como conselheiro da petroleira.

Na votação em separado dos acionistas preferencialistas, foi escolhido como conselheiro Pedro Batista, sócio da Radar Gestora, que já é ocupante desse cargo atualmente.

A assembleia também referendou a eleição dos três nomes apontados pela União para suas novas cadeiras cativas no colegiado da Eletrobras: Maurício Tolmasquim, Silas Rondeau e Nelson Hubner.

Mais cedo, a Eletrobras obteve ainda a aprovação de seus acionistas para o acordo fechado com a União para encerrar a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre poder de voto na companhia. Pelo acordo, o governo passou a ter mais participação nas decisões do colegiado da Eletrobras, enquanto a elétrica reduziu riscos relacionados a negócios nucleares, dos quais continuou sócia minoritária após a privatização.

A União também passou a ter direito a uma vaga no conselho fiscal da Eletrobras. Foi eleito o suplente Regis Dudena após o governo retirar a indicação de Guido Mantega apresentada anteriormente ao posto e não encaminhar um novo nome antes da assembleia.

A eleição desta terça-feira encerra uma disputa acirrada que se desenrolou no último mês entre candidatos ao conselho, com a administração da Eletrobras defendendo sua lista recomendada diante da concorrência paralela de nomes reconhecidos no mercado, como Marcelo Gasparino.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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