Investing.com - As ações da Eletrobras (SA:ELET3) operam na jornada desta quarta-feira com forte desvalorização, liderando assim as perdas do Ibovespa. Os ativos ON caem 2,35% a R$ 21,63, enquanto os PNB recuam também 2,35% a R$ 24,89. O mercado vê com preocupação o andamento do projeto de lei que autoriza a privatização da estatal na Câmara dos Deputados.
Debates na comissão
A oposição dominou os debates durante a segunda reunião de uma comissão especial da Câmara que analisa o projeto de lei de desestatização da Eletrobras, o que obrigou o presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (MDB-PB), a marcar para hoje uma nova reunião, que buscará concluir parte dos trabalhos originalmente previstos para esta terça.
A sessão, que estava prevista para começar às 14h30, somente foi iniciada pouco após às 16h, conforme a oposição usou de recursos regimentais para fazer obstrução desde o início das atividades. A ata da reunião anterior do grupo, por exemplo, só foi aprovada cerca de uma hora após o início da sessão.
"Não podemos ter títeres aqui do que é mandando pelo Palácio do Planalto. Isto é uma barbárie institucional", disse em certo momento a deputada Érica Kokay (PT-DF), que pediu a suspensão dos trabalhos da comissão quando o Plenário da Câmara deu início à ordem do dia, o que segundo ela obrigaria o encerramento dos trabalhos nas comissões.
O relator do projeto, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), começou a ler sua proposta de programa de trabalho para a comissão só quase duas horas depois de iniciada a sessão.
Votação
Em uma sessão dominada pela oposição nesta terça-feira, o relator do projeto de lei de desestatização da Eletrobras na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), apresentou a uma comissão especial da Casa seu plano de trabalho para o texto, que prevê a votação de seu parecer no colegiado até 24 de abril.
Troca no ministério
Outra preocupação dos aliados é a troca do Ministério de Minas e Energia. Fernando Coelho Filho vai deixar o cargo para disputar as eleições em outubro. Em abril, com a posse do novo nome para a pasta, a esperança é que o projeto caminhe de forma mais célere. No entanto, a indicação do nome deve ficar a cargo de Edison Lobão, ex-ministro da mesma pasta durante o governo Dilma.