A Embraer (SA:EMBR3) projeta uma demanda global de 10.900 aeronaves de até 150 assentos nos próximos 20 anos, o equivalente a um mercado de US$ 650 bilhões. Do total de unidades previstas, 8.640 são jatos e 2.260, turboélices. Os números fazem parte do seu relatório de perspectivas de mercado para entregas de aeronaves comerciais até 2040 e foi divulgado pela companhia durante o Dubai Air Show. Na visão da Embraer, os efeitos da pandemia global impactaram a recuperação do tráfego global, de modo que a receita por passageiro por quilômetro (RPK, na sigla em inglês) só voltará aos níveis de 2019, anteriores aos da crise sanitária, em 2024.
A previsão da empresa é um crescimento médio de 3,3% ao ano para o RPK ao ano até 2040. A expectativa é que a América Latina e a Ásia-Pacífico tenham um avanço acima da média, de 4,2%. Em seguida, a expansão será puxada por África (3,8%), Oriente Médio (3,6%), Comunidade dos Países Independentes - desmembramento da União Soviética (3,5%), Europa (2,3%) e América do Norte (2,0%).
Ainda que a América Latina esteja na ponta do crescimento, a concentração do RPK ficará na região da Ásia-Pacífico (41%) e do eixo Europa - América do Norte (36%).
Em seu relatório, a Embraer também traçou três tendências consideradas estratégicas para a nova dinâmica do setor aéreo. O primeiro deles é que as companhias irão adquirir frotas com maior eficiência de combustível. O segundo é a digitalização, com avanços na tecnologia, incluindo home office e videoconferência, alternando a demanda por voos. O terceiro aspecto é a tendência de regionalização das atividades, para concentrar a produção e minimizar eventuais interrupções da cadeia de fornecimento.