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Especulação e aversão a risco devem impedir Ibovespa de zerar queda do mês

Publicado 29.01.2021, 07:57
© Reuters.  Especulação e aversão a risco devem impedir Ibovespa de zerar queda do mês
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A aversão ao risco está de volta aos mercados, o que pode impedir o Ibovespa de fechar o primeiro mês de 2021 em alta. A onda especulativa desenfreada de ações, que começou nos EUA e com tentativa de reprodução no Brasil, inspira cautela entre investidores, diante do temor de que se torne um movimento generalizado. Essa postura defensiva que já atinge os mercados acionários internacionais deve impedir o Ibovespa de dar continuidade aos ganhos da véspera, quando interrompeu uma série de seis quedas seguidas, ao subir 2,59% (118.883,25 pontos).

Nem mesmo resultados melhores do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) de grandes economias europeias aquietam os investidores nesta manhã, em dia em que a agenda reserva a divulgação de indicadores dos EUA com possibilidade de influenciar os negócios.

No Brasil, saiu mais cedo o desempenho do setor público consolidado em 2020, que teve rombo de R$ 702,950 bilhões (9,49% do PIB). A piora da situação fiscal segue na mira dos investidores, que aguardam a eleição para a presidência no Congresso na semana que vem à espera do andamento da agenda de reformas.

Às 10h44 desta sexta-feira, o Ibovespa cedia 0,49%, aos 118.296,82 pontos, após mínima aos 117.593,77 pontos e máxima aos 118.879,90 pontos. Até agora, o índice acumula perda de 0,48% este mês. A redução da queda coincidiu com a desaceleração do recuo dos índices futuros de Nova York, após a divulgação de dados dos EUA. O índice de gasto com consumo cedeu 0,2% no mês passado, ante previsão de recuo de 0,4%. Já a renda pessoal subiu 0,6% em dezembro ante novembro; na comparação com projeção média de analistas de elevação de 0,1%.

"Não tinha como fugir de uma abertura em queda hoje, vejo o quadro externo negativo", diz um operador, em meio a esse clima cauteloso decorrente dos ataques especulativos. Na quinta, as ações de IRB Brasil (SA:IRBR3) Re fecharem em alta de quase 18%, diante dessa polêmica, que começou com os papéis da GameStop nos EUA e que hoje já sobem mais 100%. Hoje, as ações ficarão em leilão.

"É um movimento estranho, ridículo e que ocorre de forma aleatória. Porém, preocupa pois pode virar algo sistêmico, que venha a quebrar fundos", avalia o estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimentos, Rafael Bevilacqua. Contudo, ele pondera que o movimento que inflou as ações da GameStop (NYSE:GME) é chamado de "short squeeze" é um pouco mais difícil de ser replicado no Brasil. "Não dá para fazer isso no País, dado que o volume de pessoa física na Bolsa brasileira é considerado pequeno em relação aos EUA", explica.

Um outro ponto levantado pelo estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, é quanto ao sistema de proteção do mercado de capital brasileiro, considerado seguro. Conforme ele, o que ocorrera em relação às ações da IRB deveu-se a assuntos ligados ao cenário da empresa. Em janeiro, os papéis acumulam queda de cerca de 6%. No entanto, analistas em geral alertam que o investidor precisa ter cuidado em situações como essas.

Mais cedo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) se pronunciou sobre o assunto, afirmando que o "short squeeze" é uma das modalidades de manipulação. Disse que a atuação com objetivo deliberado de influir no regular funcionamento do mercado pode caracterizar ilícitos administrativos e penais.

Além da cautela por causa desses ataques especulativos, o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, acrescenta que a aversão a risco nos mercados hoje reflete fatores já conhecidos como o ritmo lento de vacinação global e dúvidas sobre estímulos fiscais. "Isso pesa mais do que as notícias boas", diz, em nota, ao referir-se ao crescimento da atividade em vários países europeus no quarto trimestre de 2020.

Nos EUA, há dúvida ainda sobre a capacidade do presidente Joe Biden de conseguir aprovar a ajuda de US$ 1,9 trilhão, após rumores de que o pacote poderia ser dividido em duas partes.

Quanto ao noticiário ligado à vacinação do novo coronavírus, a Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) informou que seu imunizante é 66% eficaz para casos moderados e graves da doença. Porém, diz que a vacina tem 85% de eficácia na prevenção de casos graves de covid-19. As ações da companhia reagiram em baixa, enquanto as de outras empresas do ramo subiam.

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