Não foi gostoso: a BRF (SA:BRFS3) viu o lucro minguar entre janeiro e março (BRF/Divulgação)
SÃO PAULO – A BRF, uma das maiores produtoras de alimentos industrializados do mundo, perdeu a corrida para o dólar no primeiro trimestre. Por causa do câmbio, as despesas financeiras subiram e o lucro despencou. Veja as empresas que foram notícia hoje:
Câmbio - O lucro líquido da BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo e uma das maiores fabricantes de alimentos processados do país, recuou 91,5% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2015, para R$ 39 milhões. O resultado refletiu um forte aumento das despesas financeiras, principalmente devido à variação cambial, e também uma piora do resultado operacional.
Selo da crise - Os Correios fecharam 2015 com um prejuízo de R$ 2,1 bilhões. A receita líquida de vendas da estatal cresceu 6,75% em comparação com o ano anterior, enquanto as despesas aumentaram 18,5%. Entre os motivos para o resultado, segundo a empresa, está a defasagem no valor das tarifas postais.
Contradito - O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador da República Deltan Dallagnol, negou que a Odebrecht esteja negociando com o Ministério Público Federal um acordo de leniência, apesar de a companhia ter anunciado a decisão de realizar uma "colaboração definitiva" com os investigadores.
Só sei que nada sei - As incertezas no cenário de vendas continuarão a pressionar a Hering (SA:HGTX3) em 2016, cujo lucro líquido caiu quase 30% no primeiro trimestre sobre um ano antes. A companhia lucrou R$ 29,3 milhões, queda anual de 29,5%. O resultado foi pressionado por fatores como redução de vendas e recuo de 25,9% na receita financeira, que foi de R$ 9,1 milhões ao final de março.
Efeito-CSN - Um raro consenso entre os grupos controladores da Usiminas (SA:USIM5) fez a presidência do seu conselho de administração voltar para os maiores acionistas da siderúrgica, em assembleia realizada nesta quinta-feira, segundo a Reuters. A votação em Belo Horizonte elegeu Elias Brito para a presidência do conselho da Usiminas, nome indicado pelo grupo Techint em concordância com a Nippon Steel, segundo duas das fontes.
Transmitindo o problema - Os problemas da elétrica espanhola Abengoa, que paralisou obras de linhas de transmissão no Brasil em novembro passado em meio a uma crise financeira, podem gerar impactos para o sistema elétrico do país até 2020, de acordo com estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da estatal Empresa de Pesquisa Energética visto pela Reuters.
De sobra - As distribuidoras de energia do grupo norte-americano AES no Brasil, Eletropaulo e AES Sul, não participarão do leilão A-5 agendado para sexta-feira porque já enfrentam sobras de eletricidade contratada devido à crise, que tem reduzido fortemente o consumo, segundo o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda.