Marcelo Castro, do PMDB, embola disputa pela presidência da Câmara (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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Com menos força do que nos últimos dias, os mercados globais seguem em terreno positivo nesta quarta-feira (13) ainda amparados na esperança de que os governos e os bancos centrais conseguirão aquecer a economia global. Em paralelo ao cenário externo, a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, a partir das 16h, pode trazer instabilidade aos ativos brasileiros, especialmente em dia de vencimento de opções.
As bolsas globais sobem pelo quinto dia seguido e, segundo a Bloomberg News, recuperaram cerca de US$ 4 trilhões em valor de mercado perdido na esteira do referendo que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Desde então, o otimismo prevalece. Operadores trabalham com a hipótese de corte de juros na reunião do banco central inglês na quinta-feira (14), além de se animarem com a promessa do premiê japonês, Shinzo Abe, em injetar mais estímulo fiscal na economia do Japão.
Ainda conforme a Bloomberg, em entrevista, o gestor Mark Mobius, presidente do conselho da Templeton Emerging Markets, disse que tem colocado mais dinheiro no Brasil em meio ao “caos político" e pretende continuar fazendo isso ao longo de um a dois anos.
Por falar em Brasília, na contramão do interesse do governo em construir candidatura única à cadeira deixada por Eduardo Cunha, o PMDB lançou o nome de Marcelo Castro, revelando um certo descontentamento na base aliada de Temer. Ex-ministro de Dilma Rousseff, ele votou contra o impeachment e conta com apoio do PT.
A entrada de Castro traz instabilidade para a definição do novo comandante da Casa em pleito que, até o momento, já tem 14 candidaturas oficializadas. O resultado da eleição será vital para o governo no que tange à aprovação das importantes medidas de cunho fiscal no Congresso, lembra a equipe da Correparti Corretora de Câmbio.
O Banco Central fará nesta sessão novo leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso, operação que equivale a uma compra futura de dólares. A batalha para conter a tendência de queda do dólar tem sido dura. Na véspera, o risco-país do Brasil recuou ao menor patamar em 11 meses, com o CDS de cinco anos negociado a 296,683 pontos.
O que acontece no mundo corporativo
Downgrade - A equipe do Barclays (LON:BARC) rebaixou a recomendação às ações da Petrobras (SA:PETR4) de equalweight para underweight.
Imóveis - A Even comunicou que as vendas contratadas no segundo trimestre cresceram 2,3% na comparação com igual período em 2015 e totalizaram R$ 268 milhões.
Furnas - A estatal Eletrobras (SA:ELET3) afirmou que não há estudos em andamento para uma possível venda de participação da companhia em sua subsidiária Furnas.
Para comentar mais tarde
Risco-Brasil cai abaixo de 300 pontos pela primeira vez em 11 meses. O risco-país do Brasil recuou ao menor patamar em 11 meses. Durante a tarde, o CDS de cinco anos chegou a ser negociado a 296,683 pontos. Trata-se da primeira vez, desde 4 de agosto do ano passado, que o papel é cotado abaixo dos 300 pontos, segundo a Bloomberg. Leia mais.