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Espresso Financista: De olho na cena externa, mercado avalia primeira vitória de Temer

Publicado 25.05.2016, 08:43
© Reuters.  Espresso Financista: De olho na cena externa, mercado avalia primeira vitória de Temer
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Renan Calheiros comandou sessão em que meta fiscal foi aprovada e teve conversas divulgadas (Jefferson Rudy/Agência Senado)

SÃO PAULO - Bom dia! Aqui está a sua dose diária do Espresso Financista™:

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O governo interino de Michel Temer conseguiu sua primeira vitória no Congresso com a aprovação da nova meta fiscal de R$ 170,5 bilhões em votação simbólica.

Em sessão que durou mais de 16 horas e também apreciou 24 vetos presidenciais, governistas e oposicionistas travaram uma batalha política. Liderados pelo PT, partidos contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede, se esforçaram ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.

O esforço da oposição não foi suficiente e o novo rombo fiscal foi aprovado por volta de 4 da madrugada. Segundo Raphael Figueiredo, analista da Clear Corretora, a votação representa o “termômetro da moral de Temer com o Congresso”.

Sobre as medidas econômicas anunciadas na terça-feira (24), os analistas do mercado financeiro consultados por O Financista reclamaram do excesso de cautela do novo governo em um momento em que era necessário apostar as fichas para recuperar a credibilidade do país.

A espera agora é pela colocação em prática dessas medidas que dependem, em boa parte, da colaboração do Congresso. No entanto, essa preocupação deve ficar para depois. Figueiredo pontuou que as medidas anunciadas por Temer para fazer a economia arrancar “já não devem fazer preço” no pregão desta quarta-feira (25).

O clima político quente de Brasília ganha novos áudios. O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado gravou um diálogo com o presidente do Senado, Renan Calheiros, onde ele defende uma mudança na lei da delação premiada, apontando que os presos deveriam ser impedidos de falar, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Na conversa, Renan afirma ainda que poderia “negociar” com membros do STF (Supremo Tribunal Federal) “a transição” de Dilma Rousseff e critica uma decisão do Supremo, que determina que deve se manter uma pessoa presa após sua segunda condenação.

O ambiente externo também estará no radar dos investidores. As bolsas chinesas devolveram os ganhos e fecharam em queda diante do retorno do receio de desvalorização do iuane.

As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos operam em alta na esteira da valorização de mais de 1% nos preços do petróleo. Segundo a LCA Consultores, a baixa aversão ao risco vem da aposta de que a elevação da taxa de juros dos Estados Unidos não comprometerá o cenário de crescimento moderado da economia mundial.

Os investidores também acompanham a divulgação da balança comercial norte-americana, às 9h30, e dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto e de serviços dos Estados Unidos, às 10h45.

Segundo Figueiredo, os agentes devem assimilar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Dallas, Robert Kaplan, às 15h, que pode dar sinais sobre quando haverá mudanças na política monetária dos Estados Unidos.

“Essas pistas podem ser importantes já que a ata do Fed sinalizou que poderia haver aumento dos juros em junho”, explicou o analista da Geral Investimentos, Carlos Müller.

Por aqui, os mercados tendem a acompanhar o bom humor do exterior.

O poder e a economia

Concessões - A próxima fase das medidas econômicas do governo de Michel Temer será focada em impulsionar o crescimento, o que pode provocar mudanças nas leis atuais para atrair mais investimentos, principalmente estrangeiros. De acordo com o secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco, o objetivo é atrair bancos para concederem financiamentos de longo prazo. Para isso, a equipe vai defender a criação de um Fundo Garantidor de Infraestrutura, proposta do governo Dilma Rousseff, que será mantido com a venda de ativos da união. De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o fundo deve receber R$ 500 milhões de capitalização, o que permitiria bancar até R$ 5 bilhões de financiamentos de concessões.

Preocupação - O presidente em exercício Michel Temer monitora com atenção os votos dos senadores em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As dificuldades políticas fizeram Temer iniciar uma roda de conversas com parlamentares, uma vez que ele já admite que existe um movimento para a volta de Dilma. Do lado do PT, o partido contabiliza 13 votos favoráveis ao impeachment, mas que já mostraram insatisfação com a nova administração. Agora, a sigla vai trabalhar em cima deles para tentar reverter a situação. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Delação - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki homologou na terça-feira (24) a delação premiada fechada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado no âmbito da operação Lava Jato, de acordo o jornal O Estado de S.Paulo. Machado foi responsável por gravar conversas polêmicas com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o senador Romero Jucá.

Áudio – O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado gravou um diálogo com o presidente do Senado, Renan Calheiros, onde ele defende uma mudança na lei da delação premiada, apontando que os presos deveriam ser impedidos de falar. Na conversa, Renan afirma que poderia “negociar” com membros do STF (Supremo Tribunal Federal) “a transição” de Dilma Rousseff e critica uma decisão do Supremo, que determina que deve se manter uma pessoa presa após sua segunda condenação. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Rombo aprovado – Após 16 horas de sessão, o Congresso Nacional aprovou na madrugada de hoje (25), em votação simbólica, o projeto com a revisão da meta fiscal para 2016. O texto autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.

Prêmio de consolação – Uma fonte disse à Reuters que o Palácio do Planalto considera dar a liderança do governo no Senado a Romero Jucá após sua exoneração do Ministério do Planejamento depois de ser divulgada conversa em que ele teria sugerido deter a operação Lava Jato.

Inflação - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou alta de 0,50% na terceira quadrissemana de maio, depois de subir 0,41% na segunda quadrissemana do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira.

O que acontecer no mundo corporativo

Interino - O presidente interino Michel Temer exonerou Miriam Belchior como presidente da Caixa Econômica Federal e nomeou Joaquim Lima de Oliveira, vice-presidente de tecnologia da informação do banco, para ocupar interinamente o cargo. A nomeação de Oliveira ocorre sem prejuízo das atribuições que atualmente ocupa, segundo decreto.

Ainda não - O presidente-executivo da Telecom Italia, Flavio Cattaneo, disse em reunião de acionistas que não é o momento certo para refletir se comprará ou venderá ativos no Brasil. A companhia, dona da operadora TIM Participações no Brasil, disse que focará na reestruturação de seu ativo no país primeiro.

Alívio - O presidente interino Michel Temer afirmou que vai priorizar um projeto já aprovado pelo Senado que desobriga a Petrobras (SA:PETR4) a ser operadora única e de ter participação mínima de 30% nos consórcios formados para exploração do petróleo da camada pré-sal.

Expansão - A Eldorado Brasil vai tomar empréstimo de R$ 358 milhões do BNDES para financiar o plantio de florestas no Mato Grosso do Sul, onde está construindo uma segunda linha de produção de celulose. A empresa é controlada pela holding J&F, dona também da JBS (SA:JBSS3).

O dinheiro está lá fora - Em uma entrevista essa semana, o CEO da JBS, Wesley Batista, afirmou que o custo de crédito – e não o desejo de economizar em impostos ou outros tipos de despesa – foi o principal motivo para a reestruturação societária anunciada no dia 11.

Proventos – A Hering (SA:HGTX3) vai pagar juros sobre capital próprio, no valor bruto de R$ 42 milhões. O pagamento ocorrerá em 28 de junho, com base na posição acionária de 30 de maio.

Bye, bye – A Vale (SA:VALE5) deixará de negociar papeis na Bolsa de Hong Kong. A HKex, como é conhecida, aprovou a deslistagem das HDRs (certificado de negociação de ações na bolsa asiática) da mineradora. O programa de HDRs da Vale encerrará, oficialmente, às 9h (horário de Hong Kong) de 28 de julho.

Para comentar mais tarde

Plano econômico de Temer provoca reação mista. Analistas reclamam, enquanto políticos elogiam postura cuidadosa do governo. Veja a análise completa em reportagem de Marcelo Ribeiro.

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