SÃO PAULO (Reuters) - A Eternit (SA:ETER3), uma das principais fabricantes de produtos que usam o amianto crisotila, informou nesta quinta-feira que aguarda informações sobre a aplicabilidade e os efeitos em toda a cadeia produtiva da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a extração, industrialização e comercialização do material.
"A companhia acompanhará a publicação da decisão do STF e os eventuais embargos de declaração que venham a ser apresentados pela entidade representativa do setor para, posteriormente, se posicionar sobre a consequência de tal decisão nas atividades", disse a Eternit em fato relevante nesta manhã.
Na terça-feira, a empresa já havia anunciado que deixaria de usar o amianto crisotila na fabricação de telhas de fibrocimento a partir de dezembro de 2018, a fim de se adequar à tendência dos consumidores de rejeitarem o produto.
"A empresa vem se adequando às mudanças do mercado consumidor e já iniciou há alguns anos a substituição da utilização do amianto como matéria-prima no seu processo industrial", reiterou a Eternit no comunicado desta quinta-feira.
Críticos ao uso do amianto alegam que o produto pode causar risco para a saúde humana, tendo até mesmo potencial cancerígeno.
(Por Gabriela Mello; Edição de Raquel Stenzel)