Em desenvolvimentos recentes, autoridades trabalhistas indianas examinaram as práticas de contratação em uma fábrica da Foxconn, um fornecedor-chave para a Apple Inc (NASDAQ:AAPL), após relatos de discriminação contra mulheres casadas no recrutamento para empregos de montagem de iPhone. Uma equipe de cinco membros do departamento regional de trabalho do governo federal visitou as instalações da Foxconn perto de Chennai, no estado de Tamil Nadu, na segunda-feira.
Durante a visita, os funcionários do trabalho entrevistaram diretores da empresa e pessoal de recursos humanos. A. Narasaiah, comissário regional do trabalho, indicou que a fábrica emprega um total de 41.281 trabalhadores, sendo 33.360 mulheres.
Dessas mulheres, aproximadamente 8%, ou 2.750, são casadas. A Foxconn, no entanto, não forneceu um detalhamento da equipe em áreas específicas, como a montagem do iPhone, onde a suposta discriminação foi relatada.
Narasaiah mencionou que os fiscais do trabalho conversaram com 40 mulheres casadas na fábrica, que não manifestaram preocupação com a discriminação. Além disso, foi solicitado à empresa que apresentasse diversos documentos, incluindo políticas da empresa e de recrutamento, além de comprovantes de conformidade com a legislação trabalhista e informações sobre benefícios de maternidade e aposentadoria. A Foxconn respondeu aos funcionários, afirmando que eles não se envolvem em práticas discriminatórias.
A investigação das autoridades trabalhistas ocorre depois que o governo do primeiro-ministro Narendra Modi buscou relatórios detalhados sobre as práticas de contratação no local de fabricação. Esta ação foi uma resposta a uma investigação da Reuters que destacou a exclusão sistemática de mulheres casadas de empregos de montagem na principal fábrica indiana de iPhones da Foxconn, atribuindo a exclusão a responsabilidades familiares, gravidez potencial e maior absenteísmo.
A Apple e a Foxconn já reconheceram falhas nas práticas de contratação em 2022 e afirmaram ter abordado essas questões. No entanto, as práticas discriminatórias relatadas pela Reuters ocorreram em 2023 e 2024, às quais as empresas não responderam especificamente.
A Foxconn negou firmemente as alegações de discriminação no emprego com base no estado civil, sexo, religião ou qualquer outra forma. A Apple também afirmou que todos os seus fornecedores, incluindo a Foxconn, contratam mulheres casadas e que a empresa tomou medidas imediatas em 2022, quando as preocupações sobre as práticas de contratação foram levantadas pela primeira vez, realizando auditorias mensais para garantir a conformidade com seus padrões.
A lei indiana não proíbe a discriminação na contratação com base no estado civil, mas as políticas da Apple e da Foxconn proíbem tais práticas dentro de suas cadeias de suprimentos.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.