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GM agita a indústria do lítio com projeto geotérmico na Califórnia

Publicado 02.07.2021, 14:40
Atualizado 02.07.2021, 16:29
© Reuters. Logo da GM na sede da empresa, em Detroit, Michigan (EUA) 
16/03/2021
REUTERS/Rebecca Cook
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Por Ernest Scheyder

(Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) está investindo em um projeto de lítio nos EUA que pode se tornar o maior do país até 2024, fazendo com que a fabricante se torne uma das primeiras a desenvolver sua própria fonte de um metal de bateria crucial para a eletrificação de carros e caminhões.

A GM, com sede em Detroit, fará um investimento "multimilionário" para ajudar a desenvolver o projeto geotérmico de água salgada Hell’s Kitchen, da Controlled Thermal Resources (CTR) no Mar de Salton da Califórnia, aproximadamente 258 km ao sudeste de Los Angeles.

O acordo, anunciado nesta sexta-feira, chega no momento em que fabricantes de automóveis ao redor do mundo sofrem para ter acesso a lítio e outros metais para veículos elétricos, à medida em que motores de combustão interna são deixados para trás.

"Isso suprirá uma quantidade considerável da nossa necessidade de lítio", afirmou Tim (SA:TIMS3) Grewe, diretor de estratégia de eletrificação da GM.

A empresa se recusou a ser mais específica na quantidade do seu investimento, mas afirmou que o projeto de lítio será usado para construir veículos elétricos nos Estados Unidos e que engenheiros da GM e cientistas visitarão o local uma vez que as restrições de viagem relacionadas à pandemia acabarem.

Embora outras fabricantes, incluindo a chinesa Great Wall Motor e a BYD, tenham investido em produtores de lítio no passado, nenhum parece ter tomado um passo tão agressivo para fazer parte do processo de produção, como a GM está fazendo com a CTR.

A medida pode levar outros fabricantes de automóveis a buscarem parcerias similares, especialmente porque a demanda pelo metal deve passar a oferta em 20% dentro de quatro anos, segundo o consultor da indústria da Benchmark Mineral Intelligence.

O projeto Hell’s Kitchen pode chegar a produzir 60.000 toneladas de lítio - o suficiente para fabricar cerca de 6 milhões de carros elétricos, dependendo do design - até meados de 2024, se tudo correr como o planejado, afirmou Rod Colwell, presidente-executivo do CTR. A empresa deve obter licenças ambientais do governo federal até o fim do próximo ano.

Essa produção tornaria o Hell’s Kitchen da CTR o maior produtor do metal branco nos EUA, com quase o dobro do planejado por um projeto rival de Nevada da Lithium Americas.

"Há uma grande janela de oportunidade aqui para desenvolver mais lítio nos Estados Unidos", afirmou Colwell.

O anúncio acontece duas semanas depois de a GM aumentar seu orçamento para veículos elétricos e autônomos em 75%, para 35 bilhões de dólares.

O processo geotérmico envolve a extração de água salgada rica em lítio e superaquecida de reservatórios com 2,4 kms de profundidade e o uso do calor para produzir eletricidade. Em seguida, o lítio é extraído da salmoura.

A água salgada então é reinserida na terra, tornando o processo mais sustentável do que minas a céu aberto e lagoas de evaporação de salmoura, os dois métodos mais comuns para produzir o metal branco.  

© Reuters. Logo da GM na sede da empresa, em Detroit, Michigan (EUA) 
16/03/2021
REUTERS/Rebecca Cook

A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, opera usinas geotérmicas no Mar de Salton e no passado estudou maneiras de produzir lítio no local. Estima-se que a região do Salton contenha mais de 15 milhões de toneladas de lítio, segundo a Serviço Geológico dos Estados Unidos.

A CTR, que recebeu financiamento do Estado da Califórnia ano passado, afirmou que o seu projeto emitirá 15 vezes menos dióxido de carbono do que minas de lítio na Austrália, a maior produtora do mundo.

A GM também está conversando com outras empresas norte-americanas para o fornecimento de lítio, incluindo aquelas que planejam produzir o metal com argila, água salgada e outras fontes geológicas, disse Grewe.

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