😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Gol volta a voar com 737 Max, mas cliente pode trocar passagem

Publicado 08.12.2020, 04:08
Atualizado 08.12.2020, 09:07
Gol volta a voar com 737 Max, mas cliente pode trocar passagem
GOLL4
-

A Gol (SA:GOLL4) vai voltar a voar com o modelo 737 Max a partir de hoje, com uma novidade: os passageiros poderão remarcar o bilhete caso não se sintam seguros em viajar no avião. O retorno acontecerá com dois dos sete modelos da aeronave que a empresa tem e em rotas nacionais, já que a companhia não está operando voos internacionais por causa da pandemia do novo coronavírus. As primeiras rotas a utilizarem o 737 Max não foram divulgadas.

LEIA MAIS: Gol registra geração líquida de caixa pela primeira vez desde início da crise

Os Boeing 737 Max tiveram a operação suspensa pelas agências de aviação de todo o mundo em março de 2019, depois de dois aviões desse modelo, um da Ethiopian Airlines e outro da Lion Air, da Indonésia, terem caído, matando um total de 346 pessoas. O acidente da Lion Air ocorreu em outubro de 2018. O da Ethiopian, em março de 2019.

Após uma série de medidas adotadas pela fabricante e pelas empresas aéreas, a FAA, autoridade de aviação civil dos Estados Unidos, liberou a volta do avião em 18 de novembro. No Brasil, o retorno do 737 Max foi autorizado pela Agência Nacional de Aviação (Anac) no dia 25 de novembro. A Gol é a única empresa a voar com o modelo em território nacional.

A revisão feita pela FAA ocorreu sobre o mecanismo de estabilização automática da aeronave, o chamado MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), o sistema de pilotagem utilizado pelo modelo, que teria apresentado problemas. Os acidentes com os aparelhos das duas empresas, no entanto, ainda devem passar por mais análises.

A Gol tenta agora implantar uma estratégia de convencimento de passageiros a usar o equipamento. "Informações sobre as alterações feitas no aparelho serão repassadas em nossos canais e também a bordo do avião. O que fizemos (de mudanças) é o que trará confiança. É simplesmente impossível que as panes que ocorreram voltem a acontecer", argumentou o diretor-presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

Os aparelhos seguem com o nome 737 Max 8 na parte externa, abaixo da janela da cabine do piloto, e haverá informação aos passageiros no momento da compra da passagem de que a rota poderá usar um modelo 737 Max. Ao confirmar que a viagem será com o modelo, e o passageiro não quiser seguir, será feita remarcação sem custos. As outras cinco aeronaves Gol do modelo devem voltar a ser operadas até o fim do mês.

"Não estamos aqui celebrando nada. Ocorreram dois acidentes. Porém, do ponto de vista da aviação, andamos muito nesses 20 meses", disse o vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer. Sobre a estratégia de retorno e informação aos passageiros, Ferrer avalia ser importante deixar claro que há segurança. "E que não é preciso se preocupar em que aparelho está voando", avaliou.

A Gol tem uma frota total de 130 aeronaves. A empresa negou haver pressão financeira para o retorno dos aparelhos. "Não existe urgência. Fizemos os testes necessários e estamos prontos para voltar", disse Kakinoff. A Boeing está arcando com os custos dos aviões parados.

Modificações

A Gol atuou em duas frentes para a volta do modelo. A primeira foi a modificação no sistema de operação do aparelho. A empresa divulgou um vídeo produzido pela Boeing sobre a nova forma de funcionamento do MCAS. O sistema foi alterado e passará a operar com dois sensores de movimentação da aeronave, um de cada lado na parte frontal, e que trocarão dados sobre as condições de voo.

Antes, o modelo possuía apenas um desses sensores. O vídeo afirma que, nos dois acidentes, o equipamento passou informações incorretas ao MCAS. As modificações foram feitas no centro de manutenção da empresa, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo Ferrer, os dois sensores já existiam, mas o sistema captava informações de apenas um. "Agora, divergências entre os dois sensores desabilitarão o MCAS", explicou. Desta forma, o controle do avião vai automaticamente para o piloto. Outra modificação é que o sistema é desligado uma só vez. Nos acidentes, o MCAS desligava e religava. "Virou uma briga entre os pilotos e as aeronaves", apontou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.