Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo federal pode estabelecer um limite anual para o número de passageiros no aeroporto Santos Dumont, em uma mudança de rota em relação ao decreto assinado em agosto, que previa uma limitação de destinos a partir de 2024, disse o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, nesta quarta-feira.
O assunto vem sendo tratado com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e a expectativa é de que as novas medidas sejam anunciadas nos próximos dias, de acordo com o prefeito.
"Acho que o ministro está caminhando na direção correta. O pleito feito pela prefeitura e pelo governo do Rio de Janeiro em relação aos aeroportos Santos Dumont e Galeão era limitar aquilo que era aceitável no número de passageiros anuais", disse Paes a jornalistas.
"A prefeitura do Rio apoia e ele (ministro) está discutindo com o TCU. Se for tomada a decisão, terá todo nosso respaldo. Isso equilibra os aeroportos", acrescentou.
O potencial limite no número de passageiros seria de cerca de 6,5 milhões ao ano, segundo Paes.
Uma resolução assinada na gestão anterior, do ministro Márcio França, estabelecia que a partir de janeiro o Santos Dumont ficaria restrito a voos com distância de até 400 quilômetros do destino ou da origem.
A redução de voos e passageiros no Santos Dumont visa fomentar o aeroporto internacional do Galeão, que está ocioso. No ano passado, o terminal registrou movimentação de cerca de 6,5 milhões de pessoas, sendo que sua capacidade é de cerca de 37 milhões. Pelo Santos Dumont, por sua vez, passaram cerca de 10 milhões de pessoas em 2022.
A administradora do Galeão chegou a anunciar que poderia desistir do concessão, mas voltou atrás e mantém conversas com o governo federal.