SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal definiu um novo valor mínimo para a venda da distribuidora de energia Celg-D, controlada pela Eletrobras (SA:ELET3) em 1,792 bilhão de reais, ante 2,8 bilhões estabelecidos anteriormente como preço mínimo.
A falta de interessados na distribuidora levou a um cancelamento do leilão de privatização agendado para agosto.
O valor de mercado da Celg-D ficou em 4,448 bilhões de reais, incluindo dívidas que um eventual comprador terá que assumir, segundo comunicado da Eletrobras e resolução publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira.
Anteriormente, o valor total da companhia, incluindo a dívida, havia sido estimado em 5,2 bilhões de reais.
A Celg-D é controlada pela Eletrobras, que detém 50,93 por cento do seu capital social, e pelo governo de Goiás, que possui, via CelgPar, 49 por cento do capital da empresa.
A decisão de revisão dos valores foi tomada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento da Presidência da República (PPI).
Não ficou definida claramente uma data para a realização do leilão de privatização, previsto para ocorrer na BM&FBovespa (SA:BVMF3).
A Eletrobras destacou que a venda das ações da Celg-D depende de aprovação pelos órgãos de controle e pelos órgãos decisórios da Eletrobras, incluindo sua Assembleia Geral de Acionistas.
(Por Gustavo Bonato)