Arena do Pavini - A Gradual Investimentos, corretora de valores que sofreu intervenção do Banco Central (BC) em 22 de maio, depois de semanas sem atender os clientes, está convocando os que tinham dinheiro em contas de investimentos e outros créditos que ficaram presos na liquidação. Parte dos valores que era originária de operações com ações foi paga pelo Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP) da bolsa B3. Mas o dinheiro vindo de resgates de CDBs, LCIs ou LCAs ou Tesouro Direto, ou que ia ser aplicado nesses papéis, ficou preso na conta da corretora.
Os credores que ficaram com o dinheiro retido terão de apresentar declarações de crédito de 20 de agosto a 20 de setembro na nova sede da Gradual, que mudou no fim de julho da Avenida Juscelino Kubitschek, endereço nobre da cidade, para o Centro, na Rua Boa Vista, 230, quarto andar. É nesse endereço, mais modesto, que os credores devem entregar as declarações, acompanhadas dos comprovantes das aplicações ou transferências dos valores.
A corretora colocou em seu site os formulários para a declaração de crédito. O horário de atendimento será das 10 às 16 horas.
Investidores que tinham aplicações em ações, Tesouro Direto ou em papéis de bancos puderam pedir a transferência dos títulos para outras corretoras. Já os que aplicavam em fundos foram chamados para assembleias para aprovar a transferência da gestão e da administração das carteiras para outras instituições.
A Gradual foi liquidada após denúncias de irregularidades envolvendo a gestão e administração de fundos de investimentos destinados a regimes próprios de previdência de cidades. Sua controladora e presidente, Fernanda de Lima, e seu marido foram presos na Operação Encilhamento e tiveram de se afastar da corretora. Outros funcionários saíram e a Gradual deixou de atender os clientes durante semanas, atrasando resgates e operações, até que o BC decretou a intervenção.
Por Arena do Pavini