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(Reuters) - Executivos do grupo farmacêutico Hypera (BVMF:HYPE3) disseram nesta quinta-feira que o foco da empresa no curto prazo está em reduzir o endividamento, à medida que o setor de medicamentos genéricos se prepara para a queda de patente de substâncias usadas para perda de peso.
O presidente-executivo da Hypera, Breno Oliveira, e o diretor financeiro, Ramon Silva, disseram durante apresentação do balanço do segundo trimestre que a prioridade em desalavancagem se deve principalmente ao cenário de juros altos, sem perspectiva de queda no curto prazo.
A partir do terceiro trimestre, eles esperam combinar crescimento e rentabilidade operacional com um menor investimento em capital de giro.
O grupo também espera lançar a sua própria semaglutida, ou GLP-1, medicamento utilizado na perda de peso como as populares canetas Ozempic, com a queda da patente no Brasil prevista para o ano que vem.
De acordo com Oliveira, o lançamento será feito "assim que tiver a queda da patente".
As declarações ocorrem um dia após o presidente-executivo da Raia Drogasil (BVMF:RADL3), Renato Raduan, observar que o segmento de genéricos pode ter uma mudança relevante no ano que vem com a queda de patente da semaglutida.
Os executivos da Hypera acrescentaram que estão otimistas com o novo portfólio que está sendo desenvolvido nos últimos anos.
"Acreditamos que a partir de 2026 a gente começa a colher os frutos. A gente deve ter o nosso primeiro medicamento oncológico saindo aqui em 2026", disse Oliveira.
A Hypera registrou lucro de operações continuadas de R$426 milhões no segundo trimestre, queda de 13,4% sobre um ano antes, conforme balanço publicado na noite de quarta-feira.
As ações da farmacêutica caíam 4%, a R$24,17 às 11:45.
(Por Michael Susin, em Barcelona)