Há instantes, os papéis da empresa recuavam 5,67%, negociados a R$ 26,74 (Gustavo Kahil/ O Financista)
SÃO PAULO – As ações da Hypermarcas (SA:HYPE3) (HYPE3) são a maior queda da Bolsa brasileira nesta terça-feira (28) após um ex-diretor revelar o pagamento de R$ 30 milhões a dois lobistas no Congresso para efetuar repasses para Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Braga com o objetivo de defender os interesses da empresa no Congresso Nacional.
Há instantes (16h20), os papéis da empresa recuavam 7,97%, negociados a R$ 26,09.
Nelson Mello, diretor de Relações Institucionais do grupo até março de 2016, fez as declarações durante uma investigação, desdobramento da Lava Jato, para a Procuradoria-Geral da República. As informações foram publicadas na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo. A empresa divulgou um comunicado ao mercado para tratar do assunto.
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Segundo Bruce Barbosa, analista da Empiricus Research, há que se apurar com a devida diligência a questão e não há como fazer pré-julgamento, mas que a notícia é negativa para as ações. “Já vínhamos com questionamentos quanto ao valuation excessivamente esticado de Hypermarcas e, com a mais recente notícia, adotamos viés ainda mais cético quanto a eventual outperformance adicional das ações. Reiteramos recomendação neutra”, explica.
A Hypermarcas disse que, após a saída de Mello, contratou assessores externos renomados para conduzirem uma auditoria, já finalizada, que concluiu que o executivo autorizou, por iniciativa própria, despesas sem as devidas comprovações das prestações de serviços. Após a auditoria, Mello assegurou ressarcimento integral pelos prejuízos sofridos.
“A Companhia ressalta que não é alvo de nenhum procedimento investigativo e que não se beneficiou de quaisquer dos atos praticados pelo ex-executivo”, mostra a nota.