A última sessão da semana do Ibovespa foi marcada por perdas, seguindo o mau humor registrado nas principais bolsas globais, com o retorno dos temores em relação ao caso Evergrande (OTC:EGRNY), na China, diante do risco de calote. Como se a pressão externa não bastasse, por aqui, os investidores também foram surpreendidos negativamente pelos dados de inflação. Dólar e juros reagiram seguindo tendência de alta desde a abertura dos negócios.
- A bolsa seguiu a mesma rota negativa das europeias e de alguns dos principais índices de NY durante o dia. O risco de um calote pela incorporadora Evergrande e um consequente efeito em cascata no setor financeiro colocou os investidores em modo de cautela. Entre os destaques positivos do índice, ficaram os papéis da PetroRio (SA:PRIO3), que se beneficiaram da alta do petróleo, e os de frigoríficos, influenciados pela alta do câmbio.
- O dólar e as taxas dos juros futuros subiram durante toda a sessão, após os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgados pela manhã, acima das estimativas.
As ações da incorporadora Evergrande chegaram a cair cerca de 11% no mercado asiático, após não ter cumprido o compromisso de pagar até quinta os US$ 83,5 milhões devidos aos titulares de bônus denominados em dólar. Outro destaque negativo vindo da China foi a decisão do governo de proibir o comércio de criptomoedas.
No Brasil, a prévia do principal indicador de preços do país teve uma alta de 1,14%, a maior desde o início do Plano Real, em 1994, puxada principalmente pelos preços da energia elétrica e da gasolina.
- Câmbio: Perto das 17h30, o dólar operava em alta de 0,66% a R$ 5,33
- Bolsa: O Ibovespa caiu 0,69%, a 113.282 pontos
- Juros: O DI com vencimento para janeiro próximo subiu de 7,095% para 7,12%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 foi de 10,35% para 10,42%
- Exterior: Em Nova York, o Dow Jones fechou em alta de 0,10%, o S&P 500 subiu 0,15% e o Nasdaq caiu 0,03%
- Bitcoin: Perto das 17h30, a criptomoeda operava em queda de 4,44%, a US$ 42.777