SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava se sustentar no azul na tarde desta sexta-feira e acima dos 94 mil pontos, apesar do viés externo negativo em razão de números na China e Estados Unidos reforçando preocupações com o crescimento econômico global, o que provocou uma queda de mais de 1 por cento mais cedo na sessão.
A melhora coincidiu com nova defesa da reforma da Previdência pelo presidente Jair Bolsonaro, que vê chance de aprová-la no primeiro semestre, bem como afirmação do presidente da Câmara dos Deputados de que marcou para a quarta-feira a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro colegiado em que a reforma tramitará.
Às 15:30, o Ibovespa subia 0,25 por cento, a 94.574,34 pontos. Mais cedo, no pior momento, caiu 1,1 por cento. O volume financeiro somava 6,94 bilhões de reais.
"A fala do Bolsonaro sobre expectativa da aprovação da Reforma da Previdência e participação de todos (inclusive militares) e Rodrigo Maia destacando a formação da CCJ para semana que vem foram os destaques dessa melhora", pontuou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
RD (SA:RADL3) subia 6,07 por cento, maior alta do Ibovespa e entre as maiores contribuições positivas, com detentores de ações da rede de varejo farmacêutico pedindo de volta (recall) papéis que haviam alugado e, assim, levando os investidores que alugaram e venderam a recomprar as ações no mercado.
CSN (SA:CSNA3) recuava 6,65 por cento, no segundo dia de ajuste após fortes ganhos recentes, que levaram o papel a fechar na quarta-feira na máxima desde junho de 2011, a 15,15 reais. No setor siderúrgico, GERDAU PN (SA:GGBR4) caía 1,29 por cento e USIMINAS PNA (SA:USIM5) cedia 0,93 por cento.
(Por Paula Arend Laier)