Investing.com - O Ibovespa sustenta leve alta na tarde desta terça-feira após o adiamento do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, apoiada na alta da Vale (SA:VALE5) e da Petrobras (SA:PETR4).
Às 14h40, o Ibovespa avançava 0,6% aos 65.600 pontos e se aproxima da máxima de duas semanas do intraday alcançado na quinta-feira, de 65.775 pontos.
O maior risco político do dia foi afastado com o adiamento do julgamento do TSE da chapa Dilma-Temer, atendendo a um pedido da defesa da ex-presidente. O relator do caso ainda terá que ouvir mais testemunhas no caso, entre elas o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A Vale dá sustentação ao Ibovespa ao avançar 3% em um dia estável na cotação do minério de ferro. Com as bolsas fechadas, os futuros do minério não foram negociados e o preço da commodity no spot do porto de Qingdao subiu 0,1%. No radar da companhia, a carga de minério que afundou no litoral do Uruguai possuía seguro e não havia sido comercializada ainda.
As siderúrgicas também embalam entre as principais altas do dia, com destaque para a CSN (SA:CSNA3) aos 2,5%. Gerdau (SA:GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobem 1,5%, enquanto a Usiminas (SA:USIM5), envolta em disputa societária, recua 0,5%. No noticiário a produção de automóveis surpreendeu e estimula a expectativa pelo aumento das vendas das siderúrgicas no mercado interno.
A Petrobras avança 1% em dia de ganhos no petróleo no mercado internacional. Negociado nos EUA, o contrato futuro da commodity sobe 1,5%, enquanto o Brent, em Londres, sobe quase 2%. No radar, a empresa está em discussões com a Exxon para parcerias de exploração e produção de petróleo no Brasil e, mais cedo, o presidente da companhia, Pedro Parente, afirmou que o nível de alavancagem pode voltar para a meta de 2,5x o Ebitda já em 2018.
A JBS (SA:JBSS3) segue em sua trajetória de queda pelo sétimo pregão consecutivo, testando novamente o nível psicológico de R$ 10. Depois da operação Carne Fraca, a empresa voltou a ser afetada pela decisão da justiça de Brasília de afastar dos negócios o presidente da sua controladora J&F, Joesley Batista. Na imprensa, foi publicado que o executivo estuda fazer uma delação premiada e salvar o conglomerado.
A Braskem (SA:BRKM5) opera em alta de 2,5% com a conclusão da venda da quantiQ para a GTM. A operação soma R$ 550 milhões. Aos R$ 32,80 é o maior valor de negociação desde o início de março.