Bitcoin perde força com cautela global após sinais mistos do Fed
Por Forrest Crellin
PARIS (Reuters) - A Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu nesta terça-feira sua previsão de crescimento global de energia renovável até 2030 em 248 gigawatts em relação ao projetado no ano passado, citando perspectivas mais fracas nos Estados Unidos e na China, mesmo com a energia solar continuando a impulsionar acréscimos recordes.
A expectativa agora é que a capacidade global de energia renovável aumente em 4.600 GW até 2030 -- abaixo da previsão de 5.500 GW feita em 2024 para o período de seis anos --, com a energia solar respondendo por cerca de 80% do aumento, mostraram os dados.
A revisão para baixo decorre principalmente da retirada antecipada de incentivos fiscais federais dos EUA e outras mudanças regulatórias, que reduziram em quase 50% as expectativas da IEA de crescimento das renováveis nos EUA, enquanto a mudança da China de tarifas fixas para leilões competitivos está pressionando a viabilidade econômica dos projetos locais.
Essa piora nos EUA e China é parcialmente compensada por perspectivas mais sólidas em outros países. A Índia deve se tornar o segundo maior mercado em crescimento para as energias renováveis, depois da China, e caminha para atingir confortavelmente sua meta para 2030, apoiada por leilões ampliados, licenciamento mais rápido e maior adoção da energia solar em telhados.
As perspectivas da Europa também melhoraram devido a políticas ambiciosas, volumes maiores de leilões e aprovações simplificadas, enquanto muitas economias emergentes na Ásia, no Oriente Médio e na África estão acelerando construções à medida que os custos caem e as metas aumentam, segundo o relatório.
A energia eólica offshore continua sendo um ponto fraco, com a perspectiva de crescimento da agência cerca de um quarto menor do que no ano passado, devido a redefinições de políticas, gargalos na cadeia de suprimentos e custos mais altos.
O armazenamento de energia em hidrelétricas reversíveis deve crescer 80% mais rápido nos próximos cinco anos em comparação com os cinco anos anteriores, à medida que aumentam os desafios de integração à rede, enquanto as instalações geotérmicas estão a caminho de atingir níveis históricos nos Estados Unidos, Japão, Indonésia e outros mercados emergente.
(Reportagem de Forrest Crellin em Paris)