Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, após dados mostrando que a economia brasileira cresceu acima do esperado no segundo trimestre e tendo de pano de fundo noticiário relativamente mais tranquilo sobre o embate comercial entre a China e os Estados Unidos.
Às 10:57, o Ibovespa subia 0,81 %, a 98.984,68 pontos. O volume financeiro somava 2,3 bilhões de reais.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre na comparação com o primeiro, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), melhor resultado para segundos trimestres desde 2013 e acima das expectativas.
"A notícia do PIB foi ótima e muito positiva para o mercado. Todos estávamos muito nervosos com a possibilidade de o Brasil entrar em recessão técnica... Não foi o que vimos”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer, em comentário a clientes.
No exterior, Wall Street repercutia positivamente comentários da China que de que prefere resolver com calma a questão comercial com os EUA, e que ambos os países estão discutindo a próxima rodada de negociações comerciais presenciais marcada para setembro.
"O mais importante no momento é criar condições necessárias para ambos os lados continuarem com as negociações", disse o porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng.
DESTAQUES
- VIA VAREJO ON avançava 2,6%, com papéis de varejo de modo geral entre as maiores altas do Ibovespa, com B2W ON (SA:BTOW3) em alta de 2,75% e MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) com acréscimo de 2,1%.
- PETROBRAS ON (SA:PETR3) subia 2%, apesar da falta de tendência do petróleo no exterior, tendo no radar a nova Política de Remuneração aos Acionistas, que passa a considerar parâmetros como endividamento e fluxo de caixa. A Petrobras (SA:PETR4) também disse que obteve decisão favorável definitiva, sem possibilidade de recurso, do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que cancelou débito de 5,9 bilhões de reais, referente à homologação de créditos de PIS e Cofins.
- JBS (SA:JBSS3) valorizava-se 1,5%, conforme a companhia segue beneficiada pelas expectativas para a demanda de proteínas com os problemas relacionados à peste suína africana. BRF (SA:BRFS3), por sua vez, passava por ajuste, e caía 0,4%
- VALE (SA:VALE3) tinha elevação de 2%, acompanhando o movimento de outras mineradoras na Europa, com papéis de siderúrgicas também no azul, entre elas USIMINAS PN (SA:USIM5), que avançava 2,3%.
- BRADESCO PN (SA:BBDC4) subia 0,8 judando no tom positivo, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN rondava a estabolidade e BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) valorizava-se 1% e SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) mostrava acréscimo de 1,1%.
- QUALICORP recuava 1,3%, entre as maiores quedas do Ibovespa, em sessão de ajuste, após subir 4% nos dois pregões anteriores.
- RD (SA:RADL3) cedia 1,2%, também entre os destaques negativos, corrigindo parte do salto da véspera, quando fechou em alta de 4,8%. No mês, até a quarta-feira, os papéis acumulavam valorização de 12,7%.