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Invasão russa à Ucrânia pode derrubar os planos "hawkish" do Fed?

Publicado 01.03.2022, 14:06
Atualizado 01.03.2022, 15:11
© Reuters.

Por Laura Sánchez, do Investing.com Espanha

Investing.com - Dias tensos nos mercados financeiros, com investidores que não perdem de vista cada novo passo do presidente russo Vladimir Putin em seu conflito com a Ucrânia, bem como a resposta internacional.

A próxima reunião de política monetária do Federal Reserve dos EUA (Fed) ocorre em 16 de março, com os analistas cada vez mais incertos com os próximos passos da autoridade monetária.

“Também teremos que estar muito atentos à avaliação da situação feita pelos principais bancos centrais ocidentais, algo que poderemos conhecer em primeira mão com o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que testemunha perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados (quarta-feira) e perante o Comitê Bancário do Senado (quinta-feira) no que faz parte de seu depoimento semestral [ao Congresso dos EUA]”, apontam analistas da Link Securities.

“É mais do que provável que Powell fale sobre o impacto que o conflito na Ucrânia pode ter no crescimento econômico e na inflação dos EUA e que ele dê pistas sobre o que o banco central fará a esse respeito em sua reunião em meados de março”, acrescentam esses especialistas.

"A coisa mais importante nesta semana são as aparições semestrais de Powell (Fed) em cada Casa do Congresso na quarta e quinta-feira, e ele será pressionado a esclarecer se a invasão russa da Ucrânia altera de alguma forma (em intensidade ou tempo) a estratégia de enxugamento do balanço do Fed”, dizem economistas do Bankinter.

“Tenhamos em mente que, se deixarmos a geoestratégia de lado, as próximas referências chave são as reuniões do Banco Central Europeu (dia 10), Fed (16), Banco da Inglaterra (17) e Banco do Japão (18) porque o importante é saber se seus planos mudaram ou não. Tanto a autoconfiança do mercado após a invasão russa quanto o fato de os bancos recuperarem sua atratividade dependem disso”, acrescentam esses analistas.

Por sua vez, na Schroders (LON:SDR) eles acreditam que “o Fed adotará uma abordagem mais gradual em sua política monetária. No entanto, ainda esperamos que ele aumente as taxas de juros em março, embora talvez apenas em 25 pontos-base. Agora estimamos que o Fed fará quatro aumentos de juros este ano, em vez dos cinco que esperávamos anteriormente. A partir daí, é provável que continue a apertar a política monetária gradualmente em 2023.”

CONFIRA: Projeções da taxa de juros do Federal Reserve no Monitor do Investing.com

“A situação do Banco Central Europeu (BCE) é diferente, porque a zona do euro será mais afetada pelo conflito na Ucrânia. Na verdade, já esperávamos que o BCE fosse mais dovish do que o consenso, que previa duas altas de juros este ano. Mas o que aconteceu nestes dias reforçou nossa convicção de que o BCE não aumentará as taxas este ano e manterá o QE. Provavelmente vai aumentar as taxas uma vez no segundo semestre de 2023”, alertam o gestor.

“O aumento antecipado [de meio ponto] nas taxas de juros ajudaria a transmitir a determinação do comitê de lidar com a inflação alta”, diz Christopher Waller, membro do conselho de administração do Fed. “Mas é possível que, após o ataque em na Ucrânia, tudo seja diferente, e isso pode significar que um aperto mais modesto é apropriado, embora isso ainda esteja para ser visto”, acrescenta.

Mas nem todos acreditam que os bancos centrais vão recuar. O Goldman Sachs (NYSE:GS) espera mais quatro aumentos nas taxas do Fed até 2023, acima dos três até agora.

Elevando sua previsão, eles veem uma taxa mais alta para o Fed de 2,75% para 3,00%. Isso ocorre quando eles aumentam sua previsão de inflação do índice PCE dos EUA (favorito do FED para mensuração da inflação) para 3,7% até o final deste ano, de 3,1% anteriormente. Quanto à inflação geral, eles a veem em 4,6% no final do ano, coleta a Forexlive.

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