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JHSF: receitas de aeroporto e incorporadora devem impulsionar próximos trimestres

Publicado 14.08.2020, 16:53
© Reuters.
JHSF3
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Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - O resultado da JHSF (SA:JHSF3) no trimestre, de crescimento de mais de 5.000% no lucro em relação ao 2T19, foi fortemente puxado pelas receitas do aeroporto e da incorporadora, que continuam sendo as apostas para impulsionar o crescimento da receita da companhia nos próximos trimestres e gerar caixa para a distribuição de dividendos aos acionistas. Esses foram alguns dos principais pontos levantados na teleconferência com analistas e imprensa nesta sexta-feira (14).

Em relação ao aeroporto, houve crescimento de 31,1% nos pousos e decolagens em relação ao trimestre anterior, e o lucro líquido cresceu 137,7%. Os planos são de adição de novos hangares, aumento de fluxo de voos e internacionalização. O objetivo da empresa é chegar a 2023 com a geração operacional de caixa do empreendimento próxima de R$ 100 milhões ao ano, tendo como principais fontes de receita a locação dos hangares, as tarifas aeroportuárias e a comercialização de combustíveis.

As vendas de incorporação, que cresceram 465,4% em relação ao segundo trimestre de 2019, devem seguir como um dos principais motores de crescimento do caixa operacional. Em julho e agosto, a empresa tem visto a continuidade do bom desempenho de vendas sentido no segundo trimestre. 

O setor de shoppings, por outro lado, teve crescimento impulsionado por mais área bruta de shopping, mais marcas exclusivas e pelo digital, que já cresceu quatro vezes em relação ao mesmo período do ano passado e deve crescer ainda mais nos próximos anos. O objetivo, segundo a companhia, é de atingir entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão de receita anual nos canais digitais. 

Hoje, a companhia está presente no digital por meio de cinco aplicativos, sendo que todos tiveram crescimento em vendas durante o período: o CJ Fashion (+271,5%), o CJ Concierge (+332,5%), o Delivery Fasano (+963,6% em pedidos), e o JHSF Real Estate Sales, em que o número de usuários cresceu 682,6%. Há ainda o CJ Food, aplicativo de delivery de alta gastronomia lançado no período.

Além disso, ainda no setor de varejo, a empresa está desenvolvendo dois novos empreendimentos na cidade de São Paulo o Faria Lima Shops, cujas obras devem iniciar no ano que vem, e o Real Parque Mall, que seguirá um modelo semelhante ao do Parque Cidade Jardim, com torres residenciais sobre um shopping. A expectativa é que os apartamentos, na faixa de 300 m² e 400 m², sejam comercializados por perto de R$ 20 mil o metro quadrado. Há ainda trabalhos de expansão em outros empreendimentos.

Com quase R$ 900 milhões em posição de caixa e com os fortes resultados do segundo trimestre, Thiago Alonso de Oliveira, CEO da JHSF, avalia que a companhia teria condições de passar por mais uma crise, caso uma segunda onda de Covid-19 ocorra.

Para o futuro, a estratégia de caixa de investimento da empresa é de neutralidade para a área de incorporação, visto que o modelo de negócios do setor tem o cliente financiando o capital de giro da companhia durante a obra. Para os shoppings, a estratégia é alocar capital em novos shoppings e reduzir a participação nos shoppings atuais, o que permite um fluxo de caixa de investimento muito reduzido. A mesma estratégia deve ser adotada no aeroporto, abrindo a possibilidade de retorno de capital por desinvestimento Em hospitalidade e gastronomia não há objetivo de grandes investimentos.

Em suma, com a previsão de crescimento do fluxo de caixa, o fluxo de caixa de investimento zerado e o fluxo de caixa financeiro perto de zero, a empresa pretende aumentar o caixa até o final do ano para distribuir dividendos para os acionistas.

Balanço

A JHSF reportou lucro líquido de R$ 254 milhões, alta de 5.028,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou R$ 172,1 milhões, alta de 236,3%. Já a margem Ebitda ajustada foi de 68%, ante 36,4% de um ano antes.

Enquanto isso a receita líquida subiu 80,2%, para R$ 253,2 milhões. As despesas operacionais consolidadas no período recuaram 54%. O resultado financeiro líquido apontou perdas de R$ 17,2 milhões, queda de 71,6%.

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