Jimmy Kimmel retorna da suspensão e programa atinge maior índice de audiência em 10 anos

Publicado 24.09.2025, 20:36
Atualizado 24.09.2025, 20:42
© Reuters.

Por David Shepardson e Dawn Chmielewski

WASHINGTON (Reuters) - Milhões de pessoas sintonizaram o programa "Jimmy Kimmel Live!" na terça-feira, assistindo ao retorno do apresentador à televisão noturna depois de quase uma semana fora do ar devido a uma suspensão por causa de comentários que provocaram críticas do presidente Donald Trump e de autoridades de seu governo.

A ABC informou que 6,26 milhões de telespectadores assistiram ao programa de Kimmel, que misturou humor e humildade ao abordar as falas que fez em 15 de setembro sobre o homem acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. Foi o episódio regular de Kimmel de maior audiência em mais de uma década, embora não tenha ido ao ar em cerca de 23% dos lares com televisão nos EUA.

Nas mídias sociais, o monólogo atraiu quase 26 milhões de visualizações, informou a ABC, incluindo 15,3 milhões de visualizações no YouTube da Alphabet e outros 6,3 milhões no Instagram da Meta até o final da tarde desta quarta-feira.

Afiliadas da ABC em vários grandes mercados não exibiram o programa, que foi ao ar horas após a controladora da rede, a Walt Disney, suspender a punição de Kimmel.

Seu monólogo apresentou um vídeo do presidente Donald Trump falando do Air Force One, dizendo que o comediante da madrugada não tem "nenhum talento" e "nenhuma audiência".

"Bem, hoje eu tenho!", disse Kimmel sorridente, enquanto a plateia do estúdio aplaudia em pé. "Você quase tem que sentir pena dele."

PRESSÃO DO GOVERNO TRUMP

Kimmel voltou ao ar seis dias depois que seus comentários sobre o acusado de ser o assassino de Kirk provocaram indignação na mídia social e pressão do governo Trump. A decisão da Disney, controladora da ABC, de interromper o exílio de Kimmel marcou um ato de desafio corporativo de alto nível diante da escalada da repressão de Trump aos inimigos percebidos na mídia por meio de litígios e ameaças regulatórias.

A Disney também estava sob pressão dos fãs de Kimmel, alguns dos quais estavam cancelando assinaturas dos serviços de streaming da empresa, Disney+ e Hulu. Kimmel fez alusão a isso em seu monólogo, brincando que a empresa havia lhe pedido para ler algumas falas no ar.

"Para reativar sua conta do Disney+ e do Hulu, abra o aplicativo Disney+ em sua smart TV ou dispositivo conectado à TV", ele leu.

Kimmel defendeu a sátira política contra o "bullying" de Trump e de autoridades de seu governo. A voz de Kimmel se embargou de emoção, momentos depois de ele subir ao palco para ser aplaudido de pé, e ele disse: "Nunca foi minha intenção fazer pouco caso do assassinato de um jovem. Não acho que haja nada de engraçado nisso".

Na semana passada, Kimmel disse que os partidários de Trump estavam ansiosos para caracterizar o assassino de Kirk "como algo diferente de um deles" e os acusou de tentar "marcar pontos políticos" com a morte de Kirk.

Antes da transmissão de terça-feira, Trump disse em sua plataforma online Truth Social que "não pode acreditar" que a ABC devolveu o programa a Kimmel e insinuou que tomaria outras medidas contra a emissora.

A postagem de Trump chamou Kimmel de "mais um braço" do Comitê Nacional Democrata e caracterizou as piadas do comediante sobre o governo republicano como "uma grande contribuição ilegal de campanha. Acho que vamos testar a ABC quanto a isso". Anteriormente, Trump havia dito que Kimmel foi demitido por causa de "índices ruins de audiência".

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