Últimas horas! Economize até 55% no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Juros: Apesar de ata 'hawkish', taxas recuam com Treasuries, petróleo e Congresso

Publicado 07.11.2023, 15:33
Atualizado 08.11.2023, 06:40
© Reuters.  Juros: Apesar de ata 'hawkish', taxas recuam com Treasuries, petróleo e Congresso
EUR/USD
-
EUR/GBP
-
EUR/JPY
-
UK100
-
USD/BRL
-
DX
-
FTT1X
-
SPIB
-
TFI
-
FTEU1
-
FTEUEB
-

Os juros futuros fecharam a terça-feira em queda. Embora a ata do Copom tenha sido o destaque da agenda, a curva de juros continuou sendo conduzida pelos eventos no exterior. O recuo nos rendimentos dos Treasuries e o tombo do petróleo resultaram em queda para as taxas locais, sob influência ainda da expectativa positiva para as pautas econômicas no Congresso.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,820%, de 10,861% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 caiu de 10,71% 10,62%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 10,76% (10,91% ontem) e a do DI para janeiro de 2029 terminou em 11,13%, de 11,30%.

O retorno da T-Note de 10 anos voltou a rodar abaixo de 4,60% e o do T-Bond de 30 anos, abaixo de 4,80%. Vale lembrar que as taxas longas americanas foram destaque entre os fatores altistas citados no balanço de risco do Copom no comunicado da reunião de quarta-feira e hoje também na ata.

A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, porém, não vê sustentação para a queda da curva dos EUA enquanto o cenário fiscal por lá estiver nebuloso. "Só vai fechar para valer com uma percepção mais positiva sobre o fiscal, que deve voltar ao foco com a retomada da discussão sobre o teto da dívida", afirma. O atual acordo fechado pelo Congresso americano expira no dia 17. "E se o juro nos EUA persistir nos 5%, não vai ter Selic a 9%", completa.

O recuo dos yields se deu na esteira de comentários de dirigentes do Federal Reserve e no recuo de mais de 4% do petróleo. Apesar da queda da commodity, o real teve boa performance, com o dólar caindo para o patamar de R$ 4,87. A commodity e o câmbio são dois fatores importantes para o processo de desinflação no Brasil, que foi ressaltado hoje pela ata do Copom. O documento foi considerado "hawkish" pelos analistas, não pela avaliação do quadro local, mas sim pelos alertas com relação ao ambiente internacional, que podem limitar o tamanho do ciclo da Selic.

"O Copom avalia que o cenário doméstico lhe permite continuar com o ciclo de cortes iniciado em agosto ao ritmo de 50 pontos-base por reunião. Porém, a discussão sobre o cenário externo deixa claro também que o Comitê entende que pode colocar restrições na extensão desse ciclo", comenta Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Wealth Management.

Na ata, o Copom repetiu a qualificação de "mais volátil e adverso" sobre o cenário internacional já trazida no comunicado, com "múltiplos mecanismos de transmissão da economia internacional para a economia doméstica, financeiros e econômicos, que devem ser incorporados na tomada de decisão". Os diretores dão atenção especial à elevação das taxas de longo prazo nos Estados Unidos, que restringe as condições financeiras.

Na seara fiscal, o avanço das matérias econômicas no Congresso hoje fez algum contraponto ao incômodo com a possibilidade de mudança da meta de primário no ano que vem. A CCJ do Senado aprovou por 20 a 6 o relatório da reforma tributária. A expectativa é de que seja apreciado ainda nesta semana em plenário. Ainda, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com meta de déficit zero em 2024.

"Foi uma boa notícia para o ministro Haddad. A preservação do déficit zero para o ano que vem não garante que essa meta seja entregue, mas estimulará o encaminhamento das medidas de arrecadação pelo Congresso e reforçará o arcabouço, dando credibilidade ao governo na área fiscal", afirmam Felipe Salto e Josué Pellegrini, economistas da Warren Rena. Lembram, porém, que as possibilidades de alteração seguem sobre a mesa.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.