A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) é o principal evento desta quarta-feira, o que mantém os mercados em compasso de espera em todo o mundo. Com o avanço da variante Ômicron e as dúvidas quanto ao desenvolvimento das economias nos próximos meses, os investidores esperam que o banco central americano anuncie aceleração no processo de retirada de estímulos, talvez sinalizando também o momento em que irá elevar juros, como forma de conter as pressões inflacionárias. A decisão será comunicada às 16 horas (de Brasília).
As taxas de juros negociadas no mercado futuro abriram próximas da estabilidade, mas renovaram máximas nos últimos minutos, com altas em torno de 10 pontos-base.
Segundo Luís Felipe Laudisio, operador da mesa de juros da Renascença Corretora, a elevação dos prêmios está relacionada à alta do dólar, em um ambiente de expectativa pela decisão de política monetária do Fed.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro divulgou o IBC-Br de outubro, que teve queda de 0,40%, idêntica à mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast. E a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) caiu 0,14% em dezembro, após ter avançado 1,19% em novembro. Com isso, o IGP-10 encerrou 2021 com alta de 17,30% ante um avanço de 24,16% em 2020. O resultado de dezembro ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam de uma queda de 0,91% a uma alta de 0,15%, mas o recuo veio menos intenso do que a mediana das estimativas, de -0,25%.
Às 10h27, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 11,57% na máxima do dia, ante 11,47% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 projetava 10,56%, contra 10,46% do ajuste de ontem.