Os juros futuros abriram em queda firme nesta segunda-feira, 14, devolvendo prêmios acumulados na sequência de altas sucessivas nas taxas na última semana. Nem o avanço dos yields dos Treasuries no exterior nem a indefinição sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foram empecilhos para uma correção da trajetória ascendente nesta manhã, que ainda contará com leilão de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), antecipado para hoje em razão do feriado amanhã.
Perto das 9h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 estava em 13,815%, de 13,921% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025, em 13,09%, de 13,30%. A taxa do DI para janeiro de 2027 caía de 13,19% para 12,93%.
Lá, fora a manhã é de pressão sobre os Treasuries e avanço do dólar. Ontem, Christopher Waller, diretor do Federal Reserve, tentou esfriar a empolgação dos investidores após o dado de inflação ao consumidor abaixo do esperado, afirmando que ainda há um caminho a percorrer em relação antes que o banco central dos Estados Unidos pare de aumentar as taxas de juros.
De Brasília, a PEC só deve ser apresentada na quarta. Entre hoje e amanhã, podem ser acertados alguns pontos do texto que acabaram por atrasar a definição, especialmente se as despesas do Bolsa Família serão contabilizadas fora da regra do teto de gastos só em 2023, durante os quatro anos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou ainda de forma permanente.
Na agenda do dia, o Boletim Focus trouxe que a estimativa para o IPCA em 2022 voltou a subir, de 5,63% para 5,82%, contra 5,62% há um mês. A previsão para 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%. Já o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de setembro avançou 0,05%, muito abaixo da mediana das estimativas do mercado (0,30%) coletadas pela pesquisa do Projeções Broadcast.