Por Elizabeth Piper e Zohra Bensemra
KIEV/BUZOVA, Ucrânia (Reuters) - O governo da Ucrânia disse neste domingo que está buscando outra rodada de sanções da União Europeia contra Moscou e mais ajuda militar de seus aliados, enquanto forças russas destruíram um aeroporto e outros alvos no leste do país.
A invasão pela Rússia fez com que cerca de um quarto dos 44 milhões de ucranianos deixasse suas casas, transformou cidades em escombros e matou ou feriu milhares.
A Rússia não tem conseguido tomar nenhuma grande cidade desde que iniciou sua invasão, em 24 de fevereiro, mas a Ucrânia disse estar reunindo forças no leste para um grande ataque e pediu que as pessoas se retirassem.
As forças russas dispararam foguetes contra as regiões ucranianas de Luhansk e Dnipro neste domingo, segundo autoridades. Os mísseis destruíram completamente o aeroporto da cidade de Dnipro, disse Valentyn Reznichenko, governador da região central de Dnipropetrovsk.
O ataque feriu cinco funcionários do serviço de emergência estatal da Ucrânia, disse o chefe do conselho da região de Dnipro, Mykola Lukashuk.
O Ministério da Defesa da Rússia disse neste domingo que mísseis de alta precisão destruíram a sede do batalhão Dnipro, da Ucrânia, na cidade de Zvonetsky.
A Reuters não pôde confirmar os relatos de imediato.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse no Twitter que conversou por telefone com o chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre sanções adicionais, bem como mais defesa e apoio financeiro ao seu país. Zelenskiy também discutiu com autoridades ucranianas as propostas de Kiev para um novo pacote de sanções da UE, de acordo com seu gabinete.
Em um discurso em vídeo divulgado no sábado, Zelenskiy renovou pelo pela proibição total de importações de produtos de petróleo e gás da Rússia e por mais armas para a Ucrânia.
Na sexta-feira, a UE proibiu as importações de carvão russo, entre outros produtos, mas ainda não tocou nas importações de petróleo e gás da Rússia.