FRANKFURT (Reuters) - O grupo industrial alemão ThyssenKrupp confirmou sua previsão para o ano fiscal corrente nesta sexta-feira, após fortes vendas trimestrais de bens de capital terem compensado o efeito de uma greve em sua unidade italiana de aço inoxidável.
A ThyssenKrupp divulgou crescimento expressivo nas vendas de componentes de carros, turbinas eólicas e elevadores, elevando sua receita total em 11 por cento, para 10 bilhões de euros (11 bilhões de dólares), no trimestre de dezembro, em linha com as expectativas.
Os resultados foram levantados por efeitos cambiais positivos, com as vendas em dólares sendo convertidas em mais euros, o que contribuiu para compensar resultados mais fracos que o esperado na distribuição de materiais e engenharia especializada.
O presidente-executivo da empresa, Heinrich Hiesinger, embarcou em uma reviravolta da companhia, maior siderúrgica da Alemanha, buscando reduzir sua dependência do aço e impulsionar bens industriais de maior tecnologia e maiores margens.
A companhia divulgou seu primeiro lucro líquido em anos em 2014 e voltou a pagar dividendos.
Em seu primeiro trimestre fiscal, a Steel Americas, agora um negócio majoritariamente brasileiro após a venda de sua fábrica no Alabama no ano passado, teve equilíbrio de receitas e despesas no nível do lucro operacional ajustado.
A unidade italiana de aço inoxidável AST, que a ThyssenKrupp está restruturando em preparação para uma venda, foi atingida por greves. A unidade de materiais especiais, incluindo a AST e a unidade de ligas VDM - também um alvo de venda -, teve prejuízo de 33 milhões de euros.
Isso pesou no lucro líquido do trimestre, que totalizou 43 milhões de euros (49 milhões de dólares), ante perda de 70 milhões de euros um ano antes, mas abaixo da previsão média de 79 milhões de euros, segundo pesquisa da Reuters.
A ThyssenKrupp disse ainda esperar uma alta de um dígito nas vendas, assim como lucro antes de juros e impostos ajustado de ao menos 1,5 bilhão de euros e uma melhora substancial no lucro líquido para seu ano fiscal corrente até o fim de setembro.
(Por Georgina Prodhan)