WASHINGTON (Reuters) - A rede Al Qaeda na Península Arábica disse nesta quinta-feira que um ataque aéreo dos Estados Unidos matou um membro de alto escalão do grupo, o mesmo homem que reivindicou a responsabilidade pelo ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris, de acordo com uma nota.
O SITE Intelligence Group citou a Al Qaeda dizendo em um vídeo on-line que Nasser bin Ali al-Ansi foi morto junto ao seu filho mais velho e outros combatentes no Iêmen.
A suposta morte de Ansi sugere que uma operação secreta do programa de drones dos EUA contra a unidade da Al Qaeda no Iêmen, a AQAP, está em andamento, apesar da retirada de consultores militares norte-americanos do país em meio à piora da guerra civil.
Ansi, um ideólogo e ex-combatente, havia aparecido em vários vídeos do grupo. Numa mensagem em 14 de janeiro, ele comentou os ataques de Paris, de 7 do mesmo mês, dizendo que "aquele que escolheu o alvo, traçou o plano e financiou a operação é a liderança da organização", sem citar nomes.
Uma semana depois, ele convocou ataques de extremistas solitários em países ocidentais como EUA, Grã-Bretanha, Canadá e França, dizendo que essas operações seriam "melhores e mais nocivas".
No ataque de Paris, 17 pessoas, incluindo jornalistas e policiais, foram mortos em três dias de violência, incluindo num grande tiroteio na redação do Charlie Hebdo, conhecido por suas tiradas satíricas contra o Islã e outras religiões.
Os agressores, dois franceses de origem argelina, atacaram o jornal por causa da publicação de caricaturas ridicularizando o profeta Maomé.