Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - A varejista Magazine Luiza (SA:MGLU3) já normalizou os prazos de entrega para produtos comprados pela internet após a greve dos caminhoneiros que durou cerca de 10 dias e afetou o abastecimento no país, disse nesta quarta-feira o presidente da varejista, Frederico Trajano.
Segundo o executivo, após elevar o prazo de entrega para 20 dias durante a paralisação e oferecer frete grátis para garantir vendas, os prazos e custos de frete voltaram ao normal esta semana.
"Antes de soltar a campanha a gente simplesmente aumentou os prazos e perdeu um pouco conversão (de vendas). A gente resolveu fazer esse investimento...que compensou o aumento dos prazos", disse Trajano.
O executivo afirmou ainda que o impacto da greve nas vendas "não foi significativo".
Os estoques das lojas físicas também foram pouco afetados pela paralisação, segundo Trajano, uma vez que as unidades estavam abastecidas em preparação para as vendas relacionadas à Copa do Mundo.
Falando em um evento de varejo em São Paulo, ele destacou a situação logística como uma das principais dificuldades para o comércio eletrônico no país, acrescentando que a greve dos caminhoneiros mostrou "quão precária" é a logística, ainda muito dependente do transporte rodoviário.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A companhia trabalha para desenvolver uma assistente pessoal com inteligência artificial nos mesmos moldes da Siri, da Apple (O:AAPL), e da Alexa, da Amazon (O:AMZN).
"O objetivo é dar inteligência artificial para a Lu. Hoje ela já é uma assistente, mas ainda tem pouca carga de inteligência artificial", disse Trajano, ressaltando que o projeto ainda está em desenvolvimento e não tem prazo para ser concluído.
Sobre a expansão da rede, o executivo afirmou que o objetivo da empresa para 2018 é abrir mais lojas que no ano passado, quando foram abertas 60 unidades.
(Edição de Gabriela Mello)