Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Marfrig (SA:MRFG3) e da Minerva (SA:BEEF3) operam com forte valorização na tarde desta segunda-feira na bolsa paulista. O mercado recebe bem a notícia publicada no site da revista Exame de as duas companhias estão em fase inicial de conversa para uma possível combinação de negócios. Considerando o atual valor de mercado, a união geraria uma companhia de R$ 18 bilhões, sendo 60% da Marfrig.
Assim, por volta das 15h35, os papéis tinham ganhos respectivos de 3,22% a R$ 15,08 e de 1,27% a R$ 14,40.
A publicação destaca um histórico de conversas difíceis entre os frigoríficos, com a distância sendo encurtada graças a intermediários. Caso se concretize, a fusão uniria a segunda maior exportadora de carnes do mundo (Marfrig) e a maior exportadora da América do Sul (Minerva). Elas teriam somado R$ 17,5 bilhões de receita líquida no primeiro trimestre, o equivalente a 31% dos R$ 56,5 bilhões registrados pela gigante JBS (SA:JBSS3).
A reportagem explica que um dos obstáculos para a combinação é que o fundador da Marfrig, Marcos Molina não tem nenhuma disposição de deixar de ter as rédeas do negócio, euqnato que o herdeiro da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, também não dá sinais de que aceitaria perder sua cadeira.
Segundo a Exame, Molina tem 47% do capital total da Marfrig, descontadas as ações em tesouraria. Já a família Vilela de Queiroz, da Minerva, conduz o negócio com cerca de 20% do capital, apoiada por um acordo de acionistas com o fundo saudita Salic, dono de 25% da empresa.
Consultadas, ambas negam com veemência qualquer possibilidade de acordo e a existência de discussões.