No quarto trimestre de 2021, a Marisa Lojas (SA:AMAR3) apresentou margem bruta de 47,3%, alta de 5,2 pontos porcentuais em relação ao apresentado no mesmo período de 2020. "Nossa margem bruta também continuou evoluindo, mesmo com os contínuos desafios impostos sobre a cadeia de abastecimento e gestão de estoques", comemora a companhia na carta do presidente da companhia, Marcelo Pimentel.
Ele diz que foram verificadas evoluções mês a mês e trimestre a trimestre no indicador. "Com o principal destaque para dezembro, quando atingimos uma margem bruta superior à 51% sem afetar a recuperação de vendas em relação a 2019", escreveu o executivo, no relatório que acompanha o balanço.
Pimentel elenca os motivos para a melhora: "Esse resultado se deu por uma gestão rigorosa dos estoques e estratégia comercial implementadas com antecedência ao mês de Natal, combinadas à uma boa aceitação dos nossos produtos que entraram em comercialização após a Black Friday. Vale ressaltar que tivemos uma redução de 52% no nível de markdowns, no último mês do ano".
Para 2022, a companhia promete continuar o movimento de recuperação. "Apesar de todas as incertezas tanto no âmbito econômico quanto político para o Brasil, nossa meta é continuar trabalhando para a recuperação de resultados com melhorias em vendas e rentabilidade, além da retomada de investimentos estratégicos da Companhia que haviam sido adiados nos últimos 2 anos", diz a carta da administração.
"Acreditamos que o reforço de caixa vindo da melhoria de resultados e do recém-concluído aumento de capital, deverão propiciar as condições para a implementação dos nossos planos estratégicos", complementa.
Os planos estratégicos para a companhia incluem investimentos,com prioridade para reformas, eventual abertura de novas unidades e evolução da estratégia digital. Nesse último segmento, a empresa cita: aplicativo, Dark Stores (lojas que funcionam apenas com estoque para vendas digitais), marketplace e o Mbank, braço financeiro da empresa.
No final do quarto trimestre de 2021, a Marisa Lojas apresentava endividamento líquido (ex-IFRS16) de R$ 544,6 milhões, R$ 243,5 milhões acima do mesmo período de 2020. "Vale destacar que o endividamento Marisa caiu mais que proporcionalmente (cerca de R$ 72 milhões), além de ter melhorado seu perfil com uma maior parcela de longo prazo em ambas as operações, Marisa e Mbank", diz a companhia, no balanço.