Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - A gigante das redes sociais Meta Platforms (BVMF:M1TA34) (NASDAQ:META) apresentará seus resultados do 4º tri nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados.
O consenso em Wall Street é que seu lucro seja de US$ 2,26 por ação (LPA) sobre uma receita de US$ 31,53 bilhões. No último trimestre, a Meta registrou um LPA de US$ 1,64 sobre um faturamento de US$ 27,71 bilhões, em comparação com a estimativa de lucro de US$ 1,93 por ação, sobre vendas de US$ 27,44 bilhões. Para o quarto trimestre, a Meta apurou receitas na faixa de US$ 30 a US$ 32,5 bilhões.
Assim como ocorreu com outras ações de tecnologia, as últimas semanas foram positivas para a Meta. Os papéis da empresa conseguiram registrar um fechamento diário acima de US$ 150 pela primeira vez desde setembro de 2022, depois de subir mais de 70% desde o início de novembro.
Reportagem do WSJ impulsiona ações da META
As ações da Meta Platforms se valorizaram na semana passada, após o Wall Street Journal publicar uma reportagem na sexta-feira dizendo que a companhia finalmente começou a ver um “caminho para a recuperação”, em relação à queda em sua receita com anúncios.
A empresa teria melhorado seus sistemas de segmentação de anúncios, mas ainda trabalha para resolver problemas relacionados às mudanças de privacidade no iOS da Apple (NASDAQ:AAPL).
“Na comparação ano a ano, nossos negócios acabaram sendo beneficiados, pois implementamos mudanças importantes em nossa inteligência artificial”, declarou o diretor-chefe de Marketing da META e vice-presidente de Analytics, Alex Schultz, em uma reunião interna.
Ele também disse que as mudanças de privacidade “não serão mais um obstáculo para nossos resultados daqui para frente”.
O que os analistas estão esperando da Meta Platforms?
Os analistas do Credit Suisse elevaram o preço-alvo do papel em US$ 35, para US$ 180, e disseram o seguinte: “Mantemos nossa classificação de ‘outperform’ (acima da média) com base nos seguintes pontos: potencial para a margem operacional ficar positiva e ter uma inflexão de crescimento do FCL a partir do 3T23; melhor crescimento de receita, graças à maior monetização do Instagram e de outras propriedades, incluindo Reels e opcionalidade para que os investimentos do Reality Labs sejam moderados, à medida que a Meta revela outras eficiências."
Os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) disseram: "Nossas verificações de canal e dados de comércio eletrônico sugerem que os gastos com anúncios do 4T22 permaneceram baixos, embora a Meta possa ter se beneficiado da mudança do câmbio e da mudança de participação do Twitter. As verificações do 1T apontam para gastos mistos para os clientes (alguns para baixo, outros para cima), mas aparentemente menos risco negativo de uma grande desaceleração nos gastos com anúncios digitais do 1S.
Os analistas da Jefferies elevaram o preço-alvo do papel para US$ 175, dizendo o seguinte: “Estamos otimistas com a configuração do quarto trimestre, em vista de 1) verificações de anúncios melhores do que o esperado e diminuição dos efeitos adversos do câmbio, o que deve abrir espaço para que a receita fique acima das expectativas; 2) As revisões do primeiro trimestre de Wall Street parecem conservadoras, já assumindo um declínio de -3% a/a; 3) a redução das projeções de despesas do EF23 deve gerar revisões positivas do LPA. Nossa análise indica que, se as despesas totais de 2023 ficarem US$ ~4 bilhões abaixo de nosso cenário-base, haverá ~ 20% de aumento no LPA. Nosso cenário de alta de US$ 10 no LPA no EF23 a um múltiplo entre 15-19% coloca a ação em US$ +175”.
As ações da Meta Platforms operavam em queda de 2,71% às 17h36 desta segunda-feira.