Morgan Stanley escolhe Netflix como Top Pick em mídia e substitui Disney

Publicado 08.04.2025, 12:46
Atualizado 08.04.2025, 21:16
© Reuters.

Investing.com -- O Morgan Stanley (NYSE:MS) elevou a Netflix (NASDAQ:NFLX) à posição de principal escolha ("Top Pick") no setor de Mídia e Entretenimento, em substituição à Walt Disney (NYSE:DIS), refletindo uma mudança estratégica na visão do banco sobre os grandes players do segmento.

Segundo a instituição, a alteração ocorre em um contexto de maior otimismo com relação à resiliência da plataforma de streaming, especialmente diante de um cenário macroeconômico global menos favorável. O banco reiterou a recomendação "overweight" (acima da média) para o papel, com preço-alvo mantido em US$1.150.

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Os analistas Benjamin Swinburne e Thomas Yeh destacam que a solidez do modelo de assinaturas da Netflix, somada à recente depreciação do dólar, contribui para reduzir o grau de incerteza nas projeções para 2025 — mesmo diante de um mercado publicitário em desaceleração.

Embora o segmento de anúncios deva dobrar em receita no próximo ano, os analistas chamam atenção para sua ainda limitada participação nos resultados da companhia: representaria entre 10% e 15% do crescimento de receita e menos de 5% do total faturado.

A expectativa é que a receita publicitária cresça de US$700 milhões em 2024 para US$1,3 bilhão em 2025. A projeção está fundamentada principalmente na expansão da base de usuários com planos suportados por anúncios, e não em aumento do faturamento por usuário (ad ARM).

O mais recente conjunto de dados sobre engajamento reforça essa leitura positiva. Os assinantes têm mantido, em média, quase duas horas de visualização diária — um dado que, para os analistas, sustenta a capacidade da empresa de continuar ajustando preços ao longo do tempo. No segundo semestre de 2024, foram mais de 94 bilhões de horas assistidas, com conteúdo original liderando o ranking entre os títulos de maior audiência.

O Morgan Stanley projeta crescimento ajustado do lucro por ação (LPA) entre 20% e 25% ao ano nos próximos quatro exercícios, ancorado em expansão de receita em dois dígitos e ganho de margem.

A análise destaca ainda a liderança da Netflix no mercado global de streaming, dividindo protagonismo com o YouTube. Ambas operam hoje com receitas superiores a US$40 bilhões. Na avaliação do banco, o modelo verticalmente integrado da Netflix, sua escala internacional de produção de conteúdo e o portfólio robusto de propriedade intelectual são vantagens competitivas relevantes.

Em seu cenário mais otimista, os analistas veem as ações da Netflix podendo atingir US$1.500, impulsionadas por crescimento adicional na base de assinantes e ganhos operacionais. Em um cenário mais adverso, que considera deterioração macroeconômica e aumento de pressão regulatória, o preço da ação poderia recuar para US$550.

Por fim, o banco destaca a consistência do pipeline de conteúdo previsto para 2025, que inclui novas temporadas de franquias consolidadas como Stranger Things, Wednesday e Round 6, além do sucesso recente da minissérie original Adolescence, que caminha para figurar entre os programas de TV em inglês mais assistidos da história da plataforma em escala global.

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