O Nubank (SA:NUBR33) anunciou no início da noite desta segunda-feira, 16, seu esperado balanço do primeiro trimestre, com prejuízo líquido US$ 45 milhões, uma melhora de 9% em relação à perda de US$ 49 milhões do mesmo período de 2021. O banco informou ainda lucro ajustado de US$ 10,1 milhões nos três primeiros meses do ano.
A carteira de crédito do banco digital terminou março em US$ 3,1 bilhões, aumento 343% em 12 meses, puxado pelo aumento dos empréstimos pessoais, que cresceram 400%. Em número de clientes, o Nubank fechou o primeiro trimestre com 59,6 milhões, nível recorde, com aumento de 5,7 milhões nos três primeiros meses do ano.
Um dos indicadores mais aguardados pelos analistas, a taxa de inadimplência do Nubank (NYSE:NU) ficou em 4,2%, considerando os atrasos acima de 90 dias. O número representa avanço ante o indicador ao final do quarto trimestre de 2021, quando estava em 3,5%, e em março do ano passado, quando ficou em 2,7%.
Com o aumento da inadimplência, o banco reforçou a previsão para devedores duvidosos em US$ 921 milhões nos três primeiros meses do ano. Na comparação com o mesmo período de 2021, o aumento foi de 35%.
"Foi o melhor trimestre da história do Nubank", afirmou o CEO e cofundador da fintech, David Vélez, no comentário de resultados, destacando que o neobanco chegou a 60 milhões de clientes. Ele destacou ainda a receita recorde, o crescimento acima da média do mercado da carteira de crédito e a taxa de inadimplência sob controle.
Ao mesmo tempo, a receita média por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês) chegou a US$ 6,7 por mês no primeiro trimestre, alta de 63% no comparativo anual. As receitas totais do Nubank subiram 226% em um ano, para US$ 877 milhões no primeiro trimestre.