Por Gabriel Codas
Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Oi (SA:OIBR3) operam com forte valorização, depois que a Telefônica Brasil (SA:VIVT4), TIM (SA:TIMP3) e Claro informaram que aprovaram, em fatos relevantes na noite de segunda-feira, a revisão e prorrogação da oferta vinculante para aquisição do negócio móvel do Grupo Oi, com a apresentação de uma nova proposta de R$ 16,5 bilhões.
Por volta das 10h39, os papéis ordinários da Oi, que tem maior volume de negociação, disparavam 10,73% a R$ 1,96, enquanto os preferenciais estavam com negociações suspensas, sob leilão, mas com salto de 13,02% a R$ 2,17. O movimento é também seguido por Vivo, com ganhos de 1,61% a R$ 50,55 - com máxima em R$ 51,75 e TIM, que avançava 1,3% a R$ 14,76 - com pico em R$ 15,18. O Ibovespa recuava 0,2% a 104.274 pontos, com mínima em 103.591 pontos.
A nova oferta surgiu após a Oi anunciar que iniciou negociações exclusivas com outro comprador em potencial, a Highline do Brasil, empresa de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações, da gestora de private equity norte-americana Digital Colony. A Oi não divulgou o valor da oferta da Highline, mas afirmou que estava acima de 15 bilhões de reais.
De acordo com os fatos relevantes, tal proposta conjunta, considera, adicionalmente, a possibilidade de assinar com o Grupo Oi, contratos de longo prazo para uso de infraestrutura.
A oferta vinculante revisada foi submetida pelas partes acima indicadas, sendo sujeita a determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como "stalking horse", com o direito de oferecer valor maior do que eventual proposta apresentada por terceiro (right to top) no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi.
A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse das companhias em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro.
As empresas estão certas de que a oferta conjunta, caso aceita e caso seja vencedora, trará benefícios a seus acionistas através da aceleração de crescimento e geração de eficiências, a clientes através de melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado, e ao setor como um todo através de reforço em sua capacidade de investimento, inovação tecnológica e competitividade e, nesse sentido, favorece e está em linha com a regulação que visa construir e consolidar no País um serviço de telefonia móvel forte e eficiente.
Elas consideram que a oferta também endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores, nos termos do Plano de Recuperação Judicial.
O Credit Suisse avalia que a notícia é positiva para as teles e, caso seja aceita, vai aumentar as chances de o grupo levar a área móvel da companhia. “O valor é atrativo para compradores e vendedores”.
Banco Digital
A operadora fechou acordo com a fintech Conta Zap para a oferta de uma conta digital para seus clientes, especialmente os desbancarizados, aproveitando o maior acesso ao celular pela população de baixa renda em relação às contas bancárias. As informações são da edição desta terça-feira do Valor Econômico.
As empresas já assinaram o memoerando de entendimentos e estão formatando a operação, de acordo com o fundador da Conta Zap, Roberto Marinho, ao jornal. A fintech opera por meio de mensagem com os clientes no Whatsapp e será responsável pela parte operacional da joint-venture, tendo participação majoritária. A Oi entra na sociedade com a base de clientes, de 29 milhões de pessoas.