Por Sam Boughedda
A Oracle (NYSE:ORCL) pode contrariar a tendência macro, na visão do Morgan Stanley (NYSE:MS), e se tornar mais estratégica, segundo os analistas do Deutsche Bank.
Os estrategistas dos bancos emitiram notas na segunda-feira (6) sobre a empresa de software antes da divulgação do seu balanço para o terceiro trimestre fiscal na quinta-feira, 9 de março, após o fechamento do mercado.
Os analistas do Morgan Stanley disseram aos investidores que uma pesquisa realizada pelo banco, verificações de canal e uma análise de licenças sugerem que a Oracle “pode ser capaz de novamente contrariar a tendência macro”.
No entanto, acreditam que o foco dos investidores está mais direcionado a fatores como recuperação da margem bruta e economia operacional.
"A Oracle conseguiu resistir em grande parte à tendência macro nos últimos trimestres, proporcionando um crescimento duradouro de receita com serviços na nuvem e um aumento da receita com licenças e hardware no segundo trimestre", escreveram os analistas, que classificam o papel como “equal weight” (na média), com preço-alvo de US$ 90. "Consideramos que os investidores se concentrarão em três tópicos principais no balanço do 3º tri fiscal: 1) força dos serviços na cloud; 2) potencial de alta com receita de licenças; e 3) reduções de custo com Cerner.
Os estrategistas complementaram dizendo que verificações do Morgan Stanley indicam que o impulso de serviços na nuvem da Oracle deve se sustentar no terceiro trimestre, enquanto uma pesquisa realizada pelo banco com CIOs mostra que “há potencial de alta pela frente”.
Já os analistas do Deutsche Bank disseram aos investidores que verificações de canal “mostram que a Oracle está ficando mais estratégica, apesar de alguns percalços de curto prazo".
"Nossas verificações no 3º tri fiscal sugerem que o interesse subjacente dos clientes permanece muito saudável, especialmente para Cloud (tanto SaaS quanto OCI)”, escreveram os analistas do Deutsche Bank, que recomendam compra no papel, com preço-alvo de US$ 120.
"O lado positivo é que vimos uma retomada de acordos corporativos/licença ilimitada, após vários anos de arrefecimento, o que indica a relevância estratégica da Oracle para seus clientes. No geral, os clientes parecem estar firmando compromissos mais duradouros com a Oracle”, acrescentaram.
O Deutsche Bank, por sua vez, continua firme em sua perspectiva otimista para a Oracle e considera que a empresa possui diversos fatores positivos para registrar uma aceleração de receita orgânica e aumento de LPA no exercício fiscal de 2024 e nos seguintes”.