Investing.com - Na visão do governo brasileiro, as negociações entre a Embraer (SA:EMBR3) e a Boeing só voltaram a andar por conta de um reposicionamento da companhia norte-americana para atender às premissas impostas para a efetivação da parceria. As informações são do jornal Valor Econômico.
As ações da Embraer operam em queda de 0,88% a R$ 21,31, depois da forte valorização de 5,19% da véspera.
De acordo com a publicação, a criação de uma nova empresa não vai implicar, necessariamente, em que a antiga Embraer fique sem uma operação comercial. Com isso, estaria atendida uma das premissas impostas pelo governo, que visa garantir a possiblidade de transbordamento da tecnologia militar.
Um dos pontos considerado fundamental pelo governo brasileiro é justamente a troca de experiências entre a área de defesa a civil da Embraer. As tecnologias que são desenvolvidas para fins militares são posteriormente aproveitadas na aviação civil, colaborando com o desenvolvimento econômico e crescimento do país no longo prazo.
Outra garantia perseguida pelo Brasil é o desenvolvimento de produtos de fabricação no país, além de independência da legislação dos Estados Unidos.
Do outro lado, a Boeing também estabeleceu premissas, como a questão do controle da operação e também a preservação da propriedade intelectual.
Com isso, o jornal reitera que a notícia divulgada ontem, dando conta ser mais provável que a Boeing detenha 80% da nova empresa, com o restante ficando para a Embraer. No entanto, o Valor destaca que nas próximas semanas isso pode mudar.